quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Seja "IDIOTA"



A "idiotice" é vital para a felicidade!!

Gente chata é sempre séria, profunda e visceral. A vida já é um caos. Por que fazermos dela, ainda por cima, um tratado?

Deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitáve: mortes, separações, dores e afins.

No dia-a-dia, pelo amor de Deus, seja "idiota"!

Ria dos próprios defeitos. E de quem acha defeitos em você. Ignore os mal-humorados que criticam sua maneira de agir. Pense assim: quem tem que carregar aquela cara feia, todos os dias, inseparavelmente, é ele. Pobre dele!

Milhares de casamentos acabaram não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de "idiotice".

Quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselho pra tudo, soluções sensatas mas não consegue rir quando tropeça?

Alguém que sabe resolver uma crise familiar mas não tem a menor idéia de como preencher as horas livres de um fim de semana?

É bem comum gente que fica perdida quando se acabam os problemas. E daí, o que elas farão se já não têm por que se desesperar?

Desaprenderam a brincar. Eu não quero alguém assim comigo. Você quer? Espero que não!

Tudo que é mais difícil é mais gostoso, mas... a realidade já é dura; piora se for densa.

Adultos podem (e devem) contar piadas, passear no parque, rir alto e lamber a tampa do iogurte.

Ser adulto não é perder os prazeres da vida e esse é o único "não" realmente aceitável.

Teste a teoria. Acorde de manhã e decida entre duas coisas: ficar de mau humor ou sorrir...

Bom mesmo é ter o mínimo de problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração!

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Chove Chuva...



Correr na chuva é uma de-lí-cia!

Fotinho tirada hoje, após o meu treino.

Beijos e um feliz Natal a todos!

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Corra, Beth, Corra!


Preciso compartilhar um momento muito especial da minha vida com todos! Redescobri o prazer de fazer exercícios físicos. Um em especial: correr. Estou bastante surpresa comigo mesma, afinal, esse esporte sempre esteve em último no "ranking" das minha (escassas) preferências. Continuo com a patinação - não com a freqüência que gostaria, por que requer uma certa estrutura para ser praticado. Há uns bons anos, lutei por cerca de 3 anos Taekwondo (arte marcial coreana, que significa "caminho dos pés e das mãos", se não me engano). Cheguei na faixa azul com ponteira vermelha, mas quando começaram chutes cheios de firula e com quebramentos, me desestimulei. Não sou uma mulher exatamente "leve" e tinha grande dificuldade de sair do chão (pelo menos no sentido literal). Por volta dos meus dezoito anos, fiz um ano de Jiu-Jítsu, que não me manteve interessada por tanto tempo quanto a primeira luta mencionada. Na época que as praticava, vivia com dores musculares e acabei cansando dessas modalidades. Sempre gostei de fazer coisas com finalidade além da estética. Também não curto ambiente de academia. Barulho demais para o meu gosto ("S&S" -sarada e surda - não é comigo). Além disso, trabalho em ambiente confinado - dou preferência a locais abertos por causa disso. Bem, retomando, vou explicar o por quê minha súbita vontade de correr. Na verdade, o estímulo inicial foi...não tive escolha (só podia...). Vou ter que correr, querendo ou não. Então, resolvi me preparar. Comprei a revista "Runners" - edição de novembro. Me chamou a atenção na capa uma matéria com orientações a iniciantes. Comecei há uma semana o programa sugerido e fiquei feliz por estar menos descondicionada do que esperava. E descobri que correr dá um "barato". Achava que era balela, mesmo que o meu lado médico já soubesse na teoria das tais "endorfinas" (algo parecido com a morfina que o nosso corpo produz). Na reportagem, diz que em 8 semanas posso pensar em competir em uma prova de curta distância...quem sabe, né? Hoje foi dia de descanso e confesso que senti falta...Incrível!!! Acabei de lembrar de uma colega geriatra, que tem trinta e poucos anos e é enxutérrima. Ela ficou oito anos sedentária, até que começou a correr por iniciativa do marido, que é maratonista. Atualmente, não vive sem uma corridinha...Impressionante como algumas pessoas que conheço que correm se mantêm jovens. Todas aparentam muitos anos menos do que têm. Bem, para complementar o condicionamento, fui anteontem fazer avaliação física para fazer também musculação. Será que tem alguma comunidade Orkutiana chamada "Eu odeio adipômetro"??? Se não tem, vou criar. Coisinha desgraçada esse instrumento que mede "dobrinhas". Meu abdome sempre foi meu ponto fraco e tê-lo beliscado por aquela maquininha foi traumático...Mas tudo bem! Tudo na vida requer um grau de esforço. E o prazer da recompensa - sempre. Vou contando meus progressos por aqui, certo? Ah! Um feliz Natal a todos. Espero conseguir desejar um próspero 2009 em uma postagem logo a seguir! Até mais!

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

O Balanço da Balzaquiana


Uma súbita vontade de escrever surgiu hoje ao ler o blog recém criado de uma amiga: creioparaver.blogspot.com. Bem, o título, prá começar, me causou extrema empatia. Sou uma otimista por excelência e tendo a acreditar que as coisas tendem a dar certo, até mesmo quando tudo indica o contrário. "Não conseguir o que se quer pode ser um grande lance de sorte". Sempre me lembro desses dizeres do Dalai Lama. Um dia desses, tive uma idéia de postagem que acabou passando batida. Estava refletindo até que ponto meu otimismo é benéfico ou prejudicial. Me refiro especificamente à confiança que tendo a depositar precocemente nos outros. As tais "lentes cor-de-rosa", que tanto já mencionei aqui. Ah, deixa prá lá! Eu estou com TPM e a minha auto-crítica fica lá em cima. Se vem dando certo até aqui, é por que devo ter encontrado meu ponto de equilíbrio (espero). Mudando de assunto (não perco a minha tendência a ter fuga de idéias - Freud explica), então. O ano está terminando - incrível! Essa época é um bom momento para se fazer aqueles tais "balanços" de vida. Excepcionalmente, não estou sentindo essa necessidade de uma forma assim tão importante, como no ano que passou, por exemplo. Foi (está sendo) um ano bastante intenso, então esses "balanços" foram feitos em partes. O saldo está sendo positivo, certamente. Muitas alegrias e algumas decepções (leia-se "expectativas errôneas") bastante marcantes. Destas, prefiro lembrar do quanto me fizeram evoluir. Estão bem digeridas - agradecimentos ao meus amigos, à minha família (incluindo os felinos) e a este blog. Fiz trinta anos e nem escrevi algo especificamente sobre isso. Sim, foi significativo, não vou negar. Lembrei que meu pai me ligou na referida data e me perguntou: "Como estás te sentindo, agora que és uma balzaquiana?" Resposta: "Ótima, pai! Nunca fui tão feliz!". E é verdade. Ainda tenho juventude, mas agora com uma cuca bem mais fresca do que tinha aos vinte anos. Aliás, aprendi que a jovialidade é bem mais relevante que a juventude. Existe "velhice precoce". E pessoas com idade cronológica que se enquadrariam na categoria "idoso" que são extremamente joviais (lembrei da mãe de uma amiga - beijos, Vera!). Cheguei a esta constatação devido à minha profissão, também. A geriatria/medicina me proporciona muito além do que sustento e satisfação pessoal. Aprendo, de quebra, fundamentos sobre a vida. Ah, por falar nisso, tenho um desejo especial para 2009. Quero continuar acreditando no *amor como nunca deixei de crer na forma como exerço e encaro a minha profissão. Com um toque saudável de objetividade, claro. Que assim seja!

* Wikipédia:
A palavra amor (do latim amor) presta-se a múltiplos significados na língua portuguesa. Pode significar afeição, compaixão, misericórdia, ou ainda, inclinação, atração, apetite, paixão, querer bem, satisfação, conquista, desejo, libido, etc. O conceito mais popular de amor envolve, de modo geral, a formação de um vínculo emocional com alguém, ou com algum objeto que seja capaz de receber este comportamento amoroso e alimentar as estimulações sensoriais e psicológicas necessárias para a sua manutenção e motivação.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

A Mulher Independente - Martha Medeiros


Estava autografando meu livro na Feira quando uma senhora alta, elegante, já bem madura, chegou sorridente pra mim e disse: Te acho uma mulher fenomenal. Eu, toda sorrisos, tomei o livro que ela tinha em mãos e me preparei para escrever uma dedicatória bem carinhosa. Ela então complementou: Mas eu não queria ser casada contigo tu és muito independente!.

Concluí a dedicatória, agradeci a gentil presença dela, enquanto que meu coração começou a bater de forma mais lenta. "O que estou sentindo?", perguntei a mim mesma, em silêncio. Tristeza, respondi a mim mesma, em silêncio, enquanto a próxima pessoa da fila se aproximava.

Em que eu seria mais independente do que qualquer outra mulher? Quase todas as que conheço trabalham, ganham seu próprio sustento, defendem suas opiniões e votam em seus próprios candidatos. Algumas não gostam de ir ao cinema sozinha, já eu não me importo. Poucas moraram sozinhas antes de casar, eu morei. Quase nenhuma, que eu lembre, viajou sozinha, eu já. E nisso consta toda minha independência, o que não me parece suficiente para assustar ninguém.

Fico imaginando que essa tal "mulher independente", aos olhos dos outros, pareça ser uma pessoa que nunca precise de ninguém, que nunca peça apoio, que jamais chore, que não tenha dúvidas, que não valorize um cafuné. Enfim, um bloco de cimento.

Quando eu comecei a ter idade pra sonhar com independência, passei a ler afoitamente os livros de Marina Colasanti – foram eles que me ensinaram a importância de abrir mão de tutelas e a se colocar na vida com uma postura própria, autônoma, mas nem por isso menos amorosa e sensível. Independência nada mais é do que ter poder de escolha. Conceder-se a liberdade de ir e vir, atendendo suas necessidades e vontades próprias, mas sem dispensar a magia de se viver um grande amor. Independência não é sinônimo de solidão. É sinônimo de honestidade: estou onde quero, com quem quero, porque quero.

Sobre a questão da independência afugentar os homens, Marina Colasanti brincava: "Se isso for verdade, então ficarão longe de nós os competitivos, os que sonham com mulheres submissas, os que não são muito seguros de si. Que ótima triagem".

Infelizmente, a ameaça que aquela senhora acredita que as independentes representam não é um pensamento arcaico: no aqui e agora ainda há quem acredite que ser um bibelô (ou fazer-se de) tem lá suas vantagens. Eu não vejo quais. Acredito que a independência feminina é estimulante, alegre, desafiadora, vital, enfim, uma qualidade que promove movimentação e avanço à sociedade como um todo e aos familiares e amigos em particular. "Eu preciso de você" talvez seja uma frase que os homens estejam escutando pouco de nós, e isso talvez lhes esteja fazendo falta. Por outro lado, nunca o "eu amo você" foi pronunciado com tanta verdade.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Carta A Um * Romântico


(...) Olha, sabes que tu tens toda a razão. Nesse meu período de solteira, tenho vivido muitas situações que têm me feito parar para pensar. Entendo o que disseste a respeito da não vontade de beijar alguém. Acho que talvez a grande parte das pessoas tomem certas atitudes quase no "automático", sem parar para pensar no que querem realmente. Mas sabes que até acho que beijar alguém (ou ir além disso), não é o tipo de intimidade que mais gera receio. O envolvimento afetivo, sim.Tenho conhecido pessoas legais (sou otimista e me recuso a desistir de acreditar na boa intenção alheia). E o que mais me espanta é que tem muita gente verdadeiramente traumatizada por aí, que acabaram por se tornarem frias/ reticentes por puro medo. Deixam de viver tantas coisas boas por covardia. Eu resumiria tudo isso em baixa tolerância a frustração, que, em última instãncia, denota a imaturidade emocional em se lidar, sobretudo, com os próprios sentimentos.
Bah! Acho que estou inspirada hoje! Bem, o que quis dizer com tudo isso, é que não desistas. Meu lema é: 'Se gato escaldado tem medo de água fria...eu visto a minha roupa de neoprene!".
Muitos beijos e espero que, independente de nossos respectivos estados civis, possamos sentar e bater um longo papo, pois valorizo a convivência com pessoas que tenham algo de bom a me acrescentar!

* Sim, eles ainda existem.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Doze Dicas Para Um Infarto feliz

1. Cuide de seu trabalho antes de tudo. As necessidades pessoais e familiares são secundárias.

2. Trabalhe aos sábados o dia inteiro e, se puder também aos domingos.

3. Se não puder permanecer no escritório à noite, leve trabalho para casa e trabalhe até tarde.

4. Ao invés de dizer não, diga sempre sim a tudo que lhe solicitarem.

5. Procure fazer parte de todas as comissões, comitês, diretorias conselhos e aceite todos os convites para conferências, seminários, encontros, reuniões, simpósios etc.

6. Não se dê ao luxo de um café da manhã ou uma refeição tranqüila. Pelo contrário, não perca tempo e aproveite o horário das refeições para fechar negócios ou fazer reuniões importantes.

7. Não perca tempo fazendo ginástica, nadando, pescando, jogando bola ou tênis. Afinal, tempo é dinheiro.

8. Nunca tire férias, você não precisa disso. Lembre-se que você é de ferro.

9. Centralize todo o trabalho em você, controle e examine tudo para ver se nada está errado. Delegar é pura bobagem; é tudo com você mesmo.

10. Se sentir que está perdendo o ritmo e o fôlego tome logo estimulantes e energéticos. Eles vão te deixar tinindo.

11. Se tiver dificuldades em dormir não perca tempo: tome calmantes e sedativos de todos os tipos. Agem rápido e são baratos.

12. E por último, o mais importante: não se permita ter momentos de oração e meditação diante de Deus*. Isto é para crédulos e tolos. Repita para si: “Eu sou a minha própria religião”.

por Ernesto Artur

* Consciência, para ateus.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Once



Belo filme. Recomendo.

sábado, 1 de novembro de 2008

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

"You Are So Beautiful"



Faz quatro dias que eu não tenho um sono reparador (por motivos bons e ruins que se compensaram - ainda bem). Estou "na capa da gaita", mas ainda sim, com muita vontade de escrever. Acabei de olhar nesse instante para minhas mãos e pensar "Nossa! Que unhas mais horríveis!" Eu mesma costumo fazê-las, desde os catorze anos. Funciona como uma terapia realizar uma atividade puramente manual. Relaxa, espairece e ainda fico com as mãos (quase) sempre em ordem. É a minha forma útil de não pensar em nada. Puxa, pensei que ia engatar um papo "mulherzinha", mas não vai ser dessa vez. Acabei de concluir as minhas tarefas da semana do curso de cuidados paliativos, com uma energia não sei tirada de onde. Como disse, estou mais do que cansada. Anteontem, fui a um barzinho na Cidade Baixa com uma grande amiga (aquela que sempre me inspira bons temas a serem abordados aqui) e ontem fui a um aniversário na Zona Sul de uma outra grande amiga. Encho uma mão inteirinha de amigos de fé - sou uma pessoa de sorte. E que (quase sempre) faz boas escolhas. Trabalhei hoje à tarde e quando estava chegando em casa, começou a tocar uma música na rádio (que estou ouvindo agora), pela qual sou apaixonada: "Angels", na versão do Robbie Williams. Entendo bem inglês e ela caiu como uma luva para o meu momento de vida. Pensei em alguns "anjos" que convivo e que aprendo a dar mais e mais valor a cada dia. Bem, mudando de assunto, anteontem surgiu uma idéia de postagem enquanto papeava com um desses "anjos". Falávamos sobre a importância da beleza (externa). Uma boa trilha sonora, então: "You Are So Beautiful", do Joe Cocker (essa derruba até a lagartixa da parede). O tema surgiu quando comentávamos que as pessoas muito bonitas também sofrem preconceitos. Ouvi um dia desses: "Mas toda pessoa muito bonita é burra, afinal, não precisa se esforçar para conseguir o que quer!". Affff! Só poderia ter sido proferida por um ser esteticamente desfavorecido (termo politicamente correto para "feio"). Que absurdo! Pior é que li em janeiro uma matéria da Superinteressante que endossava essa idéia. Que generalização mais estúpida (e qual não é?). Claro que atributos estéticos abrem muitas portas (dizem que existem estudos comprovando essa teoria - não li e nem me interessam). Tem uma frase (do Chaplin, se não me engano), que diz "A beleza é um cartão de visitas que dura muito pouco". Concordo. Dissociada de inteligência, bom-humor e simpatia, não prende meu interesse por mais do que por alguns minutos (me refiro ao "téte a téte" (alguém sabe a origem desse termo?). O contrário também é verdadeiro, mesmo que o conceito do que é estético seja subjetivo e dependente de diversas variáveis (cultura, quantidade de "reboco" - válido para mulheres, travestis, "drags","emos"...Ah! E o nível etílico e de carência, é claro!). Uma das coisas mais engraçadas que já escutei nesse sentido foi "Adoro homem feio!". Acho que ela quis dizer "traços faciais fortes". Cada um com seus parâmetros, né? Lembrei de um dia que fui perguntar a um conhecido a respeito de um rapaz que me passou a primeira impressão de ser "peculiar" ("alternativo" é clichê demais e sem sentido). Ele tinha uma argolinha de prata na orelha (esquerda, veja bem) e usava com alguma freqüência "All Star" e camisetas de cores marcantes (vibrantes dá uma conotação homossexual), inclusive rosa. Claro que o "machão" me disse que achava que esse rapaz "ORIGINAL" era gay! Que preconceito! Eu acho LINDO homens (heteros - questão de preferência, não de preconceito) que usam rosa, por que tem que ter muita personalidade e uma bela estampa para se ficar bem com essa cor. Bah, confesso que achei a verdadeira inspiração desta postagem. Certas pessoas têm uma beleza que desconcerta. Acompanhada de um sorriso aberto, então...é covardia. Afinal, olhar não tira pedaço (ainda bem). Mata a tia, mata (risos).

domingo, 26 de outubro de 2008

"NEM TODOS QUE SÃO, AQUI ESTÃO; NEM TODOS QUE AQUI ESTÃO, SÃO"



Fazia tempo que não chegava em casa com vontade de escrever. Trabalhei ontem e hoje durante o dia. Dois plantões relativamente tranqüilos, considerando a média dos finais de semana. Cheguei ontem morta em casa. Só tive disposição de dar uma passadinha na locadora de DVDs. Comprei 3 coisas que me deram alguns bons instantes de felicidade: "O Feitiço de Áquila", clássico dos anos 80 com Michelle Pfeiffer e Matthew Broderick (este então quase uma criança), um pacotinho de M&Ms (com efeito terapêutico para a minha TPM -já disse isso aqui) e um saquinho de pistaches. Aliás, tenho uma teoria que pistaches são "diet", pois gastamos muitas calorias tentando abrí-los. Terminei o plantão hoje novamente "na capa da gaita". Mesmo super cansada, resolvi me divertir um pouco. Saí do hospital e fui direto à casa de uma grande amiga. Estavam lá mais duas meninas (olha o viés), uma das quais já é parte do nosso seleto grupo. Divertidíssimas e inteligentíssimas, sempre rola um papo legal. De amenidades a pensamentos profundos sobre a condição humana (que bonito isso). Conversamos, dentre diversas coisas, sobre a nossa dificuldade de lidar com assuntos mal resolvidos. Lembrei de um episódio em que uma amiga em comum sofreu uma decepção (lá vem...) e escrevia cartas para desabafar (leia-se: elaborar o processo). A intenção inicial era apenas organizar o próprio pensamento, porém, ela acabou por enviá-las ao destinatátio (destinotário?). Na verdade, acabou cometendo sem querer um ato de caridade, por que aliviou a culpa de quem a magoou. E que merda deve ser se sentir assim. Juro que pensei que essa guria deve ser a reencarnação da Madre Teresa de Calcutá, quando aceitou, recentemente, conversar com uma "amiga" que tinha sido uma legítima f.d.p. (estou com TPM - dêem um desconto ao meu vocabulário tosco hoje). Expliquei às presentes que meu empenho em deixar tudo sempre bem resolvido é uma questão de saúde. Engolir sapo me causa enxaqueca (99% das vezes). É sério! Por isso tenho uma necessidade tão grande de expressar meus pensamentos. Já brinquei aqui que tenho uma versão leve da Sìndrome de "Gillles de La Tourette" (se não sabes o que é, procura no Google). Realmente não acho que tudo deve ou pode ser dito, afinal vivemos em sociedade e blá, blá, blá...(assunto abordado anteriormente neste blog). Ouvi, há poucos dias, de uma pessoa mais vivida do que eu: "Ih! Nem começaste a viver ainda!". Posso até não ter a oportunidade de me expressar, mas tenho certeza absoluta que alguns compotamentos bizarros vão continuar me impactando até os 90 anos. Affff! Isso significa que tenho no mínimo mais sessenta anos para aprender a lidar com isso. Bem, existem dois motivos para se fazer terapia: para lidar com as próprias dificuldades ou para se criar mecanismos (saudáveis) de sobrevivência a este mundo insano. Pensando melhor, a lucidez é a pior loucura de todas, por que não tem cura! Para ilustrar esse paradoxo, posto esse vídeo do You Tube indicado por um querido colega Pediatra (valeu!).

* Dizeres em uma fachada de uma instituição psiquiátrica.

sábado, 25 de outubro de 2008

Metallica



Metallica, sempre Metallica - por que nem só de baladinhas é feita a vida...

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Roy Orbison



Roy, sempre Roy...

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

* Esculhambação e Retrocesso



Estou aqui em frente ao computador há alguns minutos, pensando se devo ou não escrever agora. Estou há dias assim, na verdade. Têm alguns momentos na minha vida em que fico realmente receosa de escrever. Meu coraçãozinho está disparado nesse momento (por volta de 100b.p.m.). Já recebi algumas críticas em relação a me expor aqui, o que me inibe até um certo ponto. Pois então, vou parar de enrolar. Aconteceram alguns fatos recentemente com uma grande amiga que me fizeram parar para pensar. E pelo menos para isso ainda não cobram impostos. O que aconteceu a ela, especificamente, não vem ao caso. Genericamente, uma das melhores pessoas que conheço foi vítima, mais uma vez, da falta de escrúpulos alheia. "Amigos" e "amores" muito econômicos, digamos assim - economiza-se inimigos, pois acabam cumprindo dupla função. O que mais me chocou foi a reação de alguém que disse a ela: "Fulaninha, o teu problema é que confias demais nas pessoas!". Distorção semelhante seria chegar numa delegacia para prestar queixa e ouvir "Quem mandou portar coisas passíveis de serem roubadas???". Veja bem, nenhum ser humano de bom-senso vai andar com um Rolex à vista, mas assim já é demais para a minha cabeça. Que tamanha distorção de conceitos! Devemos adotar uma postura paranóide em relação a tudo e todos (sobretudo)? Queria responder a essa pergunta com um "não" bem convicto, porém, não consigo fazê-lo. Tive a sorte de crescer em um ambiente onde a honestidade sempre foi passada a mim por meio de exemplos. Também tenho amigos à minha volta com os mesmos valores que eu. Aliás, já prometi a mim mesma que vou ser mais cuidadosa ao chamar alguém de "amigo". Mais cautelosa ainda ao expressar admiração por outro ser humano (pode ser só um "bípede"...). Soube que fui rotulada, recentemente, de "moralista". Aceitei como um elogio, claro. Preceitos como não cobiçar o cônjuge do próximo e não apropriar-se indevidamente do alheio fazem parte dos dez mandamentos, não? Até eu, que sou atéia, sei disso. Algumas coisas que acontecem àqueles que amamos nos afetam em graus variados. Talvez por estar em um momento mais sensível e reflexivo, fiquei mais chocada ainda com o que vi. Um dia desses, ouvi uma frase de uma música do Legião: "Todo mundo sabe/ninguém quer mais saber/Afinal amar ao próximo/está tão demodé". Reconheço (e desfruto) de todas as vantagens desse mundo dito "moderno", mas creio que conceitos como caráter, respeito, honestidade e transparência (e tantos outros), jamais deveriam sair de moda. Não quero me tornar alguém desacreditada na bondade humana...Admito que isso está se tornando um grande desafio. Tentando me manter como um galho verde que se enverga e retorna à sua forma original. Lembrando que o sol e o vento em excesso podem secá-lo e...

* Parafraseando os dizeres de nossa bandeira nacional.

domingo, 19 de outubro de 2008

Cara Valente



A inspiração tá voltando...
Me aguardem!

Beijos!

Beth.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

A Importância do Tamanho (das Pessoas)


"O tamanho varia conforme o grau de envolvimento. Ela é enorme para você, quando
fala do que leu e viveu, quando trata você com carinho e respeito, quando olha
nos olhos e sorri destravado. É pequena para você quando só pensa em si mesma,
quando se comporta de uma maneira pouco gentil, quando fracassa justamente no
momento em que teria que demonstrar o que há de mais importante entre duas
pessoas: A amizade, o respeito, o carinho, o zelo e até mesmo o amor. Uma
pessoa é gigante para você quando se interessa pela sua vida,quando busca
alternativas para o seu crescimento, quando sonha junto com você. É pequena
quando desvia do assunto. Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende,
quando se coloca no lugar do outro, quando age não de acordo com o que esperam
dela, mas de acordo com o que espera de si mesma. Uma pessoa é pequena quando
se deixa reger por comportamentos clichês. Uma mesma pessoa pode aparentar
grandeza ou miudeza dentro de um relacionamento, pode crescer ou decrescer num
espaço de poucas semanas. Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que
parecia ser grande. Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia
ser ínfimo. É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas se agigantam e
se encolhem aos nossos olhos. Nosso julgamento é feito não através de
centímetros e metros, mas de ações e reações, de expectativas e frustrações.
Uma pessoa é única ao estender a mão, e ao recolhê-la inesperadamente, se torna
mais uma. O egoísmo unifica os insignificantes. Não é a altura, nem o peso, nem
os músculos que tornam uma pessoa grande..... É a sua sensibilidade sem
tamanho..."

Shakespeare (será?).

Muchas gracias, Nanica!

domingo, 28 de setembro de 2008

Y Dale Alegría A Mi Corazón



Nossa! Levei um susto quando percebi há quanto tempo não escrevia no blog! Minha cabeça anda meio cheia ultimamemte - de coisas boas (ainda bem!). Trabalhei bastante ontem e hoje. Acabei de chegar em casa após um papo animado com três moças muito divertidas - amizades relativamente recentes nas quais pretendo investir. Voltando ao assunto que ainda não consegui abordar decentemente: o show do Fito Paez. Fui de área VIP e fiquei tão perto que dava para ver a baba dele voando no cabelo da segurança que estava em pé em frente ao palco (detalhe mórbido). Não conhecia nem 20% das músicas que ele cantou, mas amei o show do início ao fim. Ele é ainda mais maravilhoso ao vivo. Canta e toca um piano como poucos (com "sentimento", como diria a minha mãe). Encontrei duas amigas antes que ficaram na pista. Assisti a tudo sozinha, o que acabou sendo muito bom. Curti cada detalhe e enchi os olhos d'água ao ouvir uma canção no final (descobri depois que chama-se "Te Vi - Un Vestido y Un Amor"). Aliás, desde aquele dia, estou ouvindo Fito direto. Quem quiser ter uma amostra do trabalho dele, recomendo: "11 y 6", "Te Vi", "Dar Es Dar", "Al Lado Del Camino" (essas mais românticas) e as clássicas "A Rodar Mi Vida" e "Mariposa Technicolor" - esta mais conhecida pela sua versão mais lentinha. Espero na próxima apresentação estar com as letras na ponta da língua. Adoro espanhol e traduzir letras de música é uma forma agradável de aprender mais. "Y Dale Alegría A Mi Corazón"...
Buenas noches!

Obs: essa música é prá ti, Nanica!

sábado, 20 de setembro de 2008

11 y 6



Passo rapidinho só para dizer que meu blog não está abandonado! Estou bastante cansada, pois trabalhei que nem um camelo nos últimos dias. Ah! A propósito, estou feliz! Minha próxima postagem será sobre o show do Fito que fui no último dia 13. Lamento quem perdeu - vou deixar o clipe de "11 y 6" só para dar um "gostinho"...
Beijos e até mais!

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Ritalina?



Tô de volta, pessoal! Desculpem a indisposição para escrever - era 80% física e 20% de introspecção. Sobrevivi à tal da virose e estou quase a pleno vapor. Finalmente aquele curso "online" que me inscrevi há meses começou. Outra notícia boa que tive ontem é que vou ter em breve o canal "Animal Planet" na NET, sem custo adicional. Muitas coisas legais acontecendo às vezes me atrapalham o raciocínio organizado de que preciso para escrever. Perceberam a fuga de idéias deste texto? Por essa razão, ele será curto. E ponto final.
Obs: será que preciso de metilfenidato(princípio ativo da "Ritalina")???

Na foto, Ritinha - cobaia felina perfeita para Ritalina!

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

El Fuego Y El Combustible



Jorge Drexler - maravilhoso!
Postei por causa da música - o Tom Hanks vai de brinde!

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Martha Medeiros

Já estou bem melhor, mas ainda sem muita disposição para "usar" meu cérebro para escrever. Então, publico um texto da Martha Medeiros que recebi hoje por e-mail de uma grande amiga. A Martha é uma mulher inteligentíssima e vivida - deve ter saber o que está dizendo! Boa leitura!


Use-se!!

No que se refere a adultos, todo mundo sabe mais ou menos onde está se metendo, ninguém é totalmente inocente.
Se nos usam, algum consentimento a gente deu, mesmo sem ter assinado procuração.
E se estamos assim tão desfrutáveis para o uso alheio, seguramente é porque estamos nos usando pouco.
Se for este o caso, seguem sugestões para usar a si mesmo: comer, beber, dormir e transar, nossas quatro necessidades básicas, sempre com segurança, mas também sem esquecer que estamos aqui para nos divertir.
Usar-se nada mais é do que reconhecer a si próprio como uma fonte de prazer. Dançar sem medo de pagar mico, dizer o que pensa mesmo que isso contrarie as verdades estabelecidas, rir sem inibição.
Dane-se se aparecer a gengiva. Mas cuide da sua gengiva, cuide dos dentes, não se negligencie.
Use seu médico, seu dentista, sua saúde.
Use-se para progredir na vida. Alguma coisa você já deve ter aprendido até aqui. Encoste-se na sua própria experiência e intuição, honre sua história de vida, seu currículo, e se ele não for tão atraente, incremente-o.
Use sua voz: marque entrevistas.
Use sua simpatia: convença os outros.
Use seus neurônios: para todo o resto.
E este coração acomodado aí no peito? Use-o, oras bolas. Não fique protegendo-se de frustrações só porque seu grande amor da adolescência não deu certo. Ou porque seu casamento até-que-a-morte-os-separe durou 'apenas' 13 anos. Não enviuve de si mesmo, ninguém morreu.
Use-se para fazer amigos, use-se para evoluir. Use seus olhos para ler, chorar, reter cenas vistas e vividas.
A memória e a emoção vêm muito do olho. Use os ouvidos para escutar boa música, estímulos e o silêncio mais completo.
Use as pernas para pedalar, escalar, levantar da cama, ir aonde quiser.
Sua boca pra sorrir...
Sua barriga para gerar filhos...
Seus seios para amamentar...
Seus braços para trabalhar... Sua alma para preencher-se...
seu cérebro para não morrer em vida.
Use-se.

Se você não fizer, algum engraçadinho o fará.

Martha Medeiros

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Dodói



Estou indisposta para escrever hoje. Motivos de força maior - estou dodói. Não é nada grave, mas o suficiente para me abater. Até que demorou a me atingir a famigerada "gastroenterite". Náuseas, vômitos, "piriri" (o termo técnico é pavoroso) e dor na barriga. Igualzinho às centenas (sem exagero) de pacientes que tenho atendido na emergência nos últimos tempos...E eles têm razão quanto ao mal-estar que essa porcaria dessa virose causa.
Ah! E o Dr. House é um imbecil - jamais seria paciente dele!

Beijos e uma boa tarde a todos!

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Enjoy The Silence



Neste período que tenho este blog, aprendi que tem dias em que é melhor ficar quieta. Pensativa, sensível e crítica (a "auto", principalmente) - nova "Temporada de Pessimismo Momentâneo". "Cala a boca, Magda!!!"

La Vida Es Mas Compleja De Lo Que Parece - Jorge Drexler

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Free Falling In Ipanema





Legítimo dia impossível de não ser bem aproveitado. Ainda mais sabendo que se vai trabalhar ao longo do final de semana. Fui ao calçadão de Ipanema estrear meu "roller" no mundo real. Tinha relativamente pouca gente lá. Ótimo - menor probabilidade de pagar mico. Minha idéia sobre o patins estava certa. Estava ventando bastante e o danado do rolamento é tão bom que bastava abrir os braços para começar a andar. Descobri que os freios não são muito eficientes. Tomei um tombo super engraçado! Abracei um poste à la Fred Astaire em "Singing In The Rain" e "pimba" com um dos joelhos no chão! Estava com as proteções, então nada de mais aconteceu. Fiquei rindo sozinha, por que não lembrava dessa sensação de cair. Aliás, ouvi uma música no rádio quando voltava para casa que acabou sendo a trilha sonora perfeita para esta postagem (vídeo em anexo: "Queda Livre" - em sentido figurado, na canção). Andei por cerca de quarenta minutos, somente. Resolvi não abusar da sorte desta vez. Tenho impressão de que o meu antigo forçava as costas por ser mais difícil deslizar (mais atrito e rolamentos de qualidade inferior). Outra coisa que foi interessante de olhar foi um pessoal que estava praticando "Kitesurf". Lindo o contraste do céu bem azul com o colorido das pipas ou "kites" (confesso que fiz uma breve pesquisa no Google para empregar os termos corretos). Coincidência que até poucos dias eu mal fazia idéia da existência desse esporte. Muito menos que haviam praticantes em Porto Alegre. Senti frio só de olhar - fiquei pensando se aquela roupa de neoprene dá mesmo conta do recado! Ah! Tirei umas fotinhos com a câmera da máquina. Publico a melhorzinha delas, para vocês tentarem ver!
Uma bela noite a todos!

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Saudade



A saudade apertou...Tenho uma variação anatômica - meu coração fica em cima da cabeça!

Amigas, voltem logo!

Amo vocês!

Fitoterapia & Sexto-sentido


Nossa! Como eu ando preguiçosinha para escrever no blog! Bem, na verdade, nos últimos dias, andava meio cansada mesmo. Dormi onze horas e meia hoje (!). Estava com sono atrasado, mas agora estou quase nova em folha. Digo "quase" por que ainda não estou 100% das costas. Foi difícil resistir à tentação de patinar hoje. Ainda bem que o tempo enfeiou à tarde! Mudando de assunto, comprei ingresso para o show do Fito Paez. Nem combinei previamente com ninguém. Se bem que tenho certeza que a minha amiga Nanica que está viajando irá com certeza. Outra amiga irá me dizer em breve se irá também. Aliás, a mesma ficou surpresa quando disse que nunca fui a um show. Sim, é verdade. Amando música como eu amo, quase nem eu acredito! Me arrependo até hoje de não ter assistido o Legião aqui em Porto quando eu tinha quinze anos. Quando soube que o Fito estaria em Porto (por um outro blog - muchas gracias!), fui imediatamente olhar minha escala de plantões e quase não acreditei quando vi que não tinha nenhum no referido fim-de-semana. Nenhunzinho! Aí pensei: "É agora ou nunca!". Fui almoçar no Bourbon Country e passei em primeiro lugar na bilheteria do teatro. Lá é só o ponto de venda. O show em si será no Pepsi On Stage, em frente ao aeroporto. Confesso quer sou uma fã relativamente recente do Fito. Passei a ouví-lo com mais freqüência de uns dois anos para cá. Agora que estou estudando espanhol, mais ainda. Que língua mais linda - cantada, então, nem se fala! Aprendi o significado real do termo "Fitoterapia" com as duas amigas mencionadas anteriormente. Estou ouvindo "Fotografía", do Juanes, um cantor colombiano de que gosto muito. Trocando de foco novamente (fuga de idéias, só para variar). Queria escrever sobre algo que me aconteceu recentemente no trabalho. Sou uma pessoa bastante cética em relação a algumas coisas. Sou atéia, para quem não sabe. Mas sabe quando se tem a nítida impressão de uma "mãozinha superior"? Fazia bastante tempo que não acontecia isso comigo: um diagnóstico quase intuitivo. Quando tudo apontava para algo mais simples, cismei que poderia ser algo realmente grave. E era. Interessante que, por uma série de fatores, provavelmente não fosse eu que deveria estar atendendo aquela pessoa. Aprendi de uma vez por todas a importância de não subestimar as intuições. Meu lado racional pode chamar de "linguagem não verbal", "instinto" ou "subconsciente" - não importa, se a relevância de desobedecê-los é igual. Meu sexto-sentido está me dizendo que é chegada a hora de assistir ao Grenal! Buenas noches!

terça-feira, 26 de agosto de 2008

I Really Love To Watch Them Roll




Eu estou parecendo uma criança com brinquedo novo...Tá, tá. Sou uma criança grande com um brinquedo novo. Comprei hoje o meu "roller". Mal melhorei da dor e já estou fazendo travessura. Estou calçando meus patins nesse instante. Fazia doze anos que não andava no modelo "inline". Meu treino de domingo foi com um tradicional mesmo. Bah, quanta diferença faz um bom rolamento e menos superfície de atrito. Desliiiizaaaa...Ai, que maravilha! Não posso deixar de agradecer ao pessoal do "PoaInline", que foram super atenciosos e me deram todas as dicas de onde comprar bons equipamentos. Estava testando como frear (essencial). É importante ter uma noção também de como ajustá-los. São parecidos com os de gelo (tive oportunidade por duas vezes de patinar essa modalidade - bem mais difícil). Têm que ficar bem firmes nos pés. Gosto da sensação de liberdade que esse esporte dá. Quando era pequena e ganhei meu primeiro par aos oito anos, era bem arrojada. Subia/descia escadas, lombinhas e fazia umas quantas piruetas. Tenho um tio que na época me ensinou algumas manobras legais. Bem, acho qe ainda é cedo para aprender a andar de ré, mas logo logo vou começar a arriscar uns truquezinhos. Bem resguardada pelos equipamentos de proteção, é claro. Não me lembro de ter tomado algum tombo feio de verdade, porém, sempre tem uma primeira vez. Então, é prudente ir com calma. E esse negócio deve ser veloz, só pela amostra que tive andando dentro de casa (bem longe da mesa de vidro da sala). Lembrei agora que meu sonho quando criança era trabalhar no Carrefour, para patinar o dia inteiro. Eu cresci (e como). Entretanto, continuo com bastante energia. Que bom que encontrei um jeito saudável de dispendê-la. Têm uns quantos aspectos da minha infância que não quero deixar para trás. O gosto pela patinação é só um deles. Ops! Assunto para uma postagem. Mais tarde - agora vou brincar um pouquinho mais. Depois conto aqui a minha performance nas ruas. Boa noite a todos! Fuuui!

O Mundo É Um Moinho - Cartola




"Preste atenção, querida. De cada amor, tu herdarás só o cinismo".

Nã-nã-ni-nã-nã...Não tenho vocação para política (risos).

sábado, 23 de agosto de 2008

"Monstrinho" Lindo da Dinda



Em complemento à postagem anterior, foto do moço brabo (depois da "patada" do outro "monstrinho")!

Sedentarismo Saudável

<"Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro".
Clarice Lispector

Iniciei a postagem com essa frase da Clarice Lispector por que hoje resolvi "cortar" um dos meus defeitos e me dei parcialmente bem (eu e o Roberto Carlos, que canta: "Se o bem e o bem existem..."). Após um longo período de sedentarismo, criei coragem e fui patinar. Convidei uma amiga que me acompanhou de bicicleta (caminhando ao lado da mesma?). Quando ela me encontrou, me disse: "Vi uma coisa de dois metros sobre patins...Só poderia ser tu!!!". Bah, tinha me esquecido como esse exercício demanda da musculatura das pernas. Patinei por cerca de uma hora e meia. Na meia hora final, comecei a sentir dor na coluna lombar. Não queria dizer isso aqui por que fica chato para uma geriatra, mas vá lá. Confesso que soltei a pérola "Estou ficando velha". Que feeeio pôr a culpa do meu descondicionamento físico na minha idade. Tudo bem, não sou mesmo mais uma guriazinha. É que até então me achava melhor fisicamente do que quando tinha 20 anos. Sim, sim. Está na hora de ir ao médico ver a causa dessa dor nas costas. Putz! Sou normal e não gosto de ir a médico (quem curte tem uma outra doença chamada hipocondria). "Casa de ferreiro, espeto de pau" (ditado geriatricamente pertinente). Bem, mudando de assunto, após meu momento esportivo desastrado (sem quedas de altura - pela minha estatura, transcenderia o "tombo"), fui jantar com a minha amiga e meu afilhado. Até que o piá estava calmo hoje. Levamos o "Monstrinho" (meu jeito "carinhoso" de chamá-lo) para se divertir em um brinquedo de uma lanchonete conhecida pelos seus baixos preços (me recuso a fazer propaganda daquela m****) - fui lá exclusivamente pela área de recreação. Tinha um guri com cerca de 5 anos que desceu o escorregador e deu uma "patada" no peito do meu afilhado. Parecia um míni tanque de guerra, ruivo e bem gordito. Na volta, quando já estávamos no carro, o "Monstrinho" me perguntou: "Dinda, por que tu não pegas o gordinho e corta a cabeça dele?". Ah, como são práticas essas crianças! Resposta: "Até que não seria uma má idéia. O problema que é contra a lei e a polícia me prenderia certo!". Trocando de foco novamente, após deixá-los em casa, passei em uma farmácia para comprar uma bolsa de água quente (mais um critério geriátrico para mim). Lá havia uma moça que perguntou ao balconista se dois remédios com mesmo princípio ativo "eram a mesma coisa" - um custava mais do que o dobro que o outro. Quando percebi a expressão "mais ou menos" na cara do funcionário, me intrometi na conversa me identificando como médica e disse "Sim, é a mesma coisa". Essa "empurroterapia", mesmo que velada, muitas vezes é parte de esquemas de comissionamentos sobre vendas de determinadas marcas. Não sei se o balconista estava agindo de má-fé. Na dúvida, cumpri o meu papel (dever?) de esclarecer aquela consumidora. Ela deu tchau e me agradeceu novamente. Entrei no meu carro e vim para casa. Cá estou eu, com a bolsa de água quente amarrada às minhas costas com um moleton. Tinha combinado com algumas amigas de sair hoje, porém, não vai ser possível. Ainda bem que para mim não é sacrifício. Alguns podem não acreditar, mas sou bem caseira. Curto ficar no meu cantinho, escrevendo, lendo ou simplesmente pensando na vida. Gostei dessa última opção. De vez em quando faz bem, né? Me voy, entonces! Hasta manãna!

Gênio Indomável



Minha cena preferida do filme "Gênio Indomável".
Uma ótima tarde a todos!

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

E.T. ... Phone... Home...



Confesso que quase postei somente um vídeo novamente hoje. Aí fiquei com vergonha de estar tão preguiçosa para escrever. Estou com algumas horas de sono em atraso há alguns dias. Por diversão ou por insônia mesmo, meu corpo está necessitando de um descanso. Saí do plantão hoje com a idéia de ir a algum lugar patinar. Ficou só na vontade - patinar de jeans seria inviável. Pretendo, assim que o meu trabalho permitir, iniciar aulas de patinação. Tenho estado muito sedentária ultimamente, então resolvi fazer um exercício que me divirta. Há horas não freqüento uma academia. Além de achar repetitivo, um ambiente fechado e barulhento não me atrai nem um pouco. Bem, mudando de assunto, ontem estava com umas idéias para escrever, mas totalmente sem cabeça. Pensava a respeito da importância das amizades. Tenho amigas que estão em viagem pela Europa neste momento (gente chique é outra coisa). E estou sentindo falta de todas elas. De uma, especialmente. Sabe que estava elocubrando (que termo bizarro) que nossos amigos servem para muitas coisas. A principal delas, é nos fazer sentir "normais". Claro, é mais freqüente que nos relacionemos com aqueles que temos afinidades. Essas pessoas constituem o nosso "mundinho" (no melhor sentido da palavra), que torna menos inóspita a nossa existência no "mundo externo". Afff! Acho que o cansaço me deixa excessivamente reflexiva! Estou "floreando" o fato de simplesmente estar sentindo saudade.
E.T.... Phone... Home...... Essa postagem ficou meio sem pé nem cabeça, né? Desculpem a dispersão...Acho que preciso dormir...Boa noite a todos e até amanhã!

Obs: procurava a cena clássica do E.T. em que ele dizia a frase título da postagem. Acabei achando o trailer original, cujo texto é como uma analogia de como nascem as amizades. Não achei legendado - me desculpa quem não fala inglês!

domingo, 17 de agosto de 2008

Praia, Pensamentos


Tô cansada demais para escrever hoje. Farei somente uma pequena reflexão: aquilo que tememos nos outros diz muito mais a nosso respeito do que aquilo que apreciamos.

Ah! Saudades de tomar banho de mar, por isso postei esse vídeo (Flake - Jack Johnson)

Boa noite a todos!

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

My Stupid Mouth - John Mayer

Me identifiquei com a letra dessa música desde a primeira vez em que a ouvi.

Ser "torpe"* é um estilo de vida, afinal.

Em homenagem a todas as garotas desastradas*, posto este vídeo tosco e engraçado.

Jorge Drexler - Al Otro Lado del Río




Clavo mi remo en el agua
Llevo tu remo en el mío
Creo que he visto una luz al otro lado del río

El día le irá pudiendo poco a poco al frío
Creo que he visto una luz al otro lado del río

Sobre todo creo que no todo está perdido
Tanta lágrima, tanta lágrima y yo, soy un vaso vacío

Oigo una voz que me llama casi un suspiro
Rema, rema, rema-a Rema, rema, rema-a

En esta orilla del mundo lo que no es presa es baldío
Creo que he visto una luz al otro lado del río

Yo muy serio voy remando muy adentro sonrío
Creo que he visto una luz al otro lado del río

Sobre todo creo que no todo está perdido
Tanta lágrima, tanta lágrima y yo, soy un vaso vacío

Oigo una voz que me llama casi un suspiro
Rema, rema, rema-a Rema, rema, rema-a

Clavo mi remo en el agua
Llevo tu remo en el mío
Creo que he visto una luz al otro lado del río




Tradução (www.letrasdemusica.com.br)

Finco o meu remo na água levo o teu remo no meu
Acredito ter visto uma luz ao outro lado do rio.

O dia vai vencer aos poucos o frio
Acredito ter visto uma luz ao outro lado do rio.

Principalmente acredito que nem tudo está perdido
Tanta lágrima, tanta lágrima
e eu sou um copo vazio.
Ouço uma voz que me chama... quase um suspiro
Rema, rema, rema.

Nesta margem do mundo
O que não é represa é baldio
Acredito ter visto uma luz ao outro lado do rio.

Eu, muito sério, vou remando
E bem lá dentro, sorrio
Acredito ter visto uma luz ao outro lado do rio.

Principalmente acredito que nem tudo está perdido
Tanta lágrima, tanta lágrima
E eu sou um copo vazio.
Ouço uma voz que me chama... quase um suspiro
Rema, rema, rema.

finco o meu remo na água levo o teu remo no meu
acredito ter visto uma luz ao outro lado do rio.


The Very Best Of The Greatest Hits Of Sua Mãe

Zapeava ontem pelos canais da Net, quando me deparei com o Wagner Moura cantando. Ele estava no programa "Circo do Edgar", do Multishow. Até peguei uma caneta para anotar o nome do disco que eles estão gravando: "The Very Best Of The Greatest Hits Of Sua Mãe". Título simplesmente hi-lá-rio. Esclarecendo: "Da Sua Mãe" é o nome da banda. Fiquei encantada ao ver o Wagner cantando Reginaldo Rossi, mesmo não sendo exatamente uma fã deste. Vozeirão tem o rapaz, porém, ainda precisa fazer um pouquinho mais de aulas de canto (dá umas desafinadinhas). Bom, pelo o que entendi,o propósito é só diversão mesmo. Lá fui eu então à cata de um vídeo da banda no YouTube. Não encontrei o que procurava, entretanto, achei um vídeo cômico feito especialmente para o "Vídeo Show" pelo Dennis Carvalho. É o "Funk do Juça". Foi gravado em 2006, na época em que o Wagner estava protagonizando o Juscelino naquela série que não me recordo o nome. Não pude assistí-la por que na época passava bem tarde e eu acordava super cedo. E por falar em acordar, dia preguiçoso hoje, né? Daqui a pouco faço um chima - minha sala vai virar a Redenção hoje. Ainda bem que eu fui ontem e consegui pegar um resquício de sol no finzinho da tarde. Apesar de não realizar fotossíntese, preciso de um solzinho periodicamente - faz bem prá tudo.
Desejo um belo domingo a todos - faça chuva ou faça sol!

Mário Quintana


Dia de muito trabalho e pouca inspiração. Então, deixo para vocês uma poesia do Mário Quintana. Maduramente pueril - de onde tirei essa definição???

EU QUERIA TRAZER-TE UNS VERSOS MUITO LINDOS

Eu queria trazer-te uns versos muito lindos
colhidos no mais íntimo de mim...
Suas palavras
seriam as mais simples do mundo,
porém não sei que luz as iluminaria
que terias de fechar teus olhos para as ouvir...
Sim! Uma luz que viria de dentro delas,
como essa que acende inesperadas cores
nas lanternas chinesas de papel!
Trago-te palavras, apenas... e que estão escritas
do lado de fora do papel... Não sei, eu nunca soube o que dizer-te
e este poema vai morrendo, ardente e puro, ao vento
da Poesia...
como
uma pobre lanterna que incendiou!

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Você É



Você é os brinquedos que brincou, as gírias que usava, você é os nervos a flor da pele no vestibular, os segredos que guardou, você é sua praia preferida, Garopaba, Maresias, Ipanema, você é o renascido depois do acidente que escapou, aquele amor atordoado que viveu, a conversa séria que teve um dia com seu pai, você é o que você lembra.

Você é a saudade que sente da sua mãe, o sonho desfeito quase no altar, a infância que você recorda, a dor de não ter dado certo, de não ter falado na hora, você é aquilo que foi amputado no passado, a emoção de um trecho de livro, a cena de rua que lhe arrancou lágrimas, você é o que você chora.

Você é o abraço inesperado, a força dada para o amigo que precisa, você é o pelo do braço que eriça, a sensibilidade que grita, o carinho que permuta, você é as palavras ditas para ajudar, os gritos destrancados da garganta, os pedaços que junta, você é o orgasmo, a gargalhada, o beijo, você é o que você desnuda.

Você é a raiva de não ter alcançado, a impotência de não conseguir mudar, você é o desprezo pelo o que os outros mentem, o desapontamento com o governo, o ódio que tudo isso dá, você é aquele que rema, que cansado não desiste, você é a indignação com o lixo jogado do carro, a ardência da revolta, você é o que você queima.

Você é aquilo que reivindica, o que consegue gerar através da sua verdade e da sua luta, você é os direitos que tem, os deveres que se obriga, você é a estrada por onde corre atrás, serpenteia, atalha, busca, você é o que você pleiteia.

Você não é só o que come e o que veste. Você é o que você requer, recruta, rabisca, traga, goza e lê. Você é o que ninguém vê.


Martha Medeiros

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Mais do Que Você Imagina


Ontem, resolvi ir ao cinema de última hora, sem olhar horários ou sinopses previamente. Assisti "Mais do Que Você Imagina", com a Meg Ryan e o Banderas. Aliás, foi muito engraçado por que anteontem conversava com a minha amiga jornalista sobre este ator. Disse: "Não vejo graça nenhuma no Banderas". Ela, chocada, me respondeu: "Mas ele é tããão charmoso!". Torci o nariz, então. Como a língua é SEMPRE (quase?) o chicote do traseiro, tenho que retirar o que disse após vê-lo nesse filme. Logo que olhei o personagem, pensei "Bah! Tá fazendo o papel dele mesmo: latin lover!". Não sei se foi o sotaque espanhol (acentuado propositadamente), aquele cabelo meio compridinho ou se ele é o homem-vinho em pessoa mesmo...Nossa, que chaaaarmeeee! Bem, mudando o foco, ele formou um par engraçadíssimo com a Meg Ryan. E o ator que faz o personagem que é filho dela é hi-lá-rio e roubou muitas cenas. Já que comentei os atributos do (aafff!) Banderas, vou fazer o mesmo com a Meg. Olha que ela está super em forma (dieta + exercícios + $$$ para tratamentos estéticos). Fiquei chocada ao ver seu rosto, entretanto. Não por que ela está mais velha, obviamente. Até foi uma coisa que me chamou bastante a atenção não terem escolhido para par do galã uma modelete de vinte e poucos anos (casais "Sukita" são quase um padrão no cinema). O que me impressionou é que a Meg está com o rosto completamente diferente de quando atuou em "Cidade dos Anjos". Ela foi submetida a algum tipo de preenchimento labial que a deixou com o sorriso muito semelhante ao do..."Curinga". Não é piada, não. Fora que seus dentes pequenos e traços faciais não combinam com lábios tão carnudos. Que coisa bizarra essa busca desenfreada pela juventude. Seres humanos caricatos,literalmente.
Trocando de assunto novamente, anteontem ganhei mais um apelido: "Kung-Fu Panda". Tudo por que queria colocar um chiclete no vaso do banheiro sem usar as mãos, por que já as tinha lavado. Usei o pé, então (já disse que sou prática). A sutileza de tal gesto provocou algumas risadas em dois dos meus colegas. Um, tinha assistido ao filme e soltou a pérola: "Tu pareces o personagem do Kung-Fu Panda, que é totalmente desastrado!". O outro, complementou que eu pareço aquelas crianças que crescem demais e perdem a noção do próprio corpo. Descrições bem pertinentes à minha pessoa, tenho que admitir. Engraçado que em situações em que preciso realmente me concentrar, como no trabalho ou mesmo em pequenos procedimentos (apesar de jamais ter pensado em ser cirurgiã - Deus sabe o que faz - risos), não sou nada desajeitada e bem habilidosa. Me lembrei de um colega cirurgião cujos "tiques" (bem acentuados, por sinal), desapareciam enquanto operava. Nas pequenas coisas do dia-a-dia, tipo, lavar a louça, tenho dificuldade em me concentrar no que estou fazendo. Em coisas mais importantes, como dirigir no trânsito, sou bastante atenta e nunca tive maiores problemas. Agora, árvores assassinas que batem no meu retrovisor e paredes de garagem que se movem já fizeram uns estragos no meu carro (risos). Interessante - meu "déficit" se manifesta claramente nos momentos em que relaxo. Ou, no outro extremo, quando estou nervosa. Será que eu tenho Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade? Já me fiz essa pergunta milhares de vezes. Analisando bem meu histórico, acho que não. Alguém com esse diagnóstico não ficaria seis anos invicta de recuperação (G2) na faculdade e não conseguiria ter estudado para 2 vestibulares eficientemente (primeiro Veterinária, depois Medicina). Bah, realmente só me dei conta disso ao escrever aqui...Vou lançar um livro: "Ajuda-te Pelo Teu Blog" - versão "Tabajara" do "Ajuda-te Pela Psiquiatria" (jurássico best-seller).

"Carpe Diem"!

terça-feira, 12 de agosto de 2008

El Perro Pepe



Pepe, el perro de mi amiga periodista.

Ahora, muy popular.

"Páááááára, guri!!!"

domingo, 10 de agosto de 2008

Clube do Choro / Edria & Antonio





Hoje foi um dia que começou meio torto. Tive uma crise de enxaqueca na madrugada. Graças a isso, não pude ir a um programa com meu irmão e a minha cunhada que estava combinado há uma semana. Acho que foi culpa do plantão de ontem - bem estressante. As últimas 2 horas foram com energia e bom humor tirados não sei de onde. "No fim, tudo dá certo. Se não seu certo, é por que ainda não chegou ao fim". Foi com esse espírito que projetei meu dia hoje. Consegui levantar da cama por volta das 13h. Pensei: "Estou estressada - preciso relaxar!". E lá fui eu para o meu "templo". Adivinha qual? A Redenção, claro. Estava bem cheia, até mais do que de costume para um domingo de sol. Afinal, hoje é Dia dos Pais(feliz dia, pai - te amoooo!). Acabei não vendo meu pai por que ele já tinha combinado há tempos um churrasco com uns primos nossos. O pessoal lá em casa sempre foi meio desligado para datas assim. Chegando lá, fui dar aquela passeada geral. Quase ganhei um abraço de um senhor sem noção que por pouco não me derrubou com seu bafo etílico - me esquivei a tempo (uuufaaa!). Foi então que escutei um som muito agradável e parei para ver de onde vinha. Descobri que era um cara com um violão e uma mulher com um pandeiro. Chamam-se "Edria e Antonio" - perguntei a um senhor que estava passando o chapéu (literalmente). Pena que só tinha um pila em espécie para dar ao guardador do carro (e garantir sua integridade nas inúmeras vezes que vou lá). Fazendo um gancho, lembrei que um dia desses fui buscar uma letra em espanhol no "site" letrasdemusica.com.br. Adivinha qual era a canção mais procurada? A do "Créu" (!). Além de ser simplesmente um LIXO, é em PORTUGUÊS (se é que dá prá incluir aquilo na nossa pobre língua...). Denota mesmo a dupla ignorância de quem escuta essas porcarias...Num país que valoriza a escória musical, tenho grande empatia por bons músicos que estão divulgando seu trabalho de qualidade. Depois de ficar um tempo por ali, fui almoçar às quase 17h no Bourbon Ipiranga. Para minha feliz surpresa, estava tocando, no "Café Com Pecado", um grupo excelente: "Clube do Choro". Só tinha sobrado um banco no balcão e me sentei lá para apreciar. "Meu coração/Não sei por quê/Bate feliz/Quando te vê...". Que amoooor! Em seguida, tocaram "Emoções", do Roberto Carlos (minha canção de formatura na Geriatria, lembram-se?). Na sequência, tocaram Cartola e uma que, se não me engano, é do Pixinguinha. Fiquei observando os semblantes emocionados ao redor do público formado por idosos, predominantemente. Juro que não estava lá para distribuir cartões de visita (risos). Achei uma graça quando veio um senhor por volta dos seu setenta anos e me disse "Se quiseres me tirar para dançar, fique à vontade!". Agradeci com um sorriso simpático. Eu sou de uma geração que não sabe dançar junto - que pena. Bem, além de rostos tocados pela beleza das canções, percebi alguns olhares curiosos dirigidos a mim. Provavelmente, por que estava destoando da faixa etária geral da platéia - e por que sabia a letra da maioria das performances (que termo chique!). Cantarolei beeem baixinho, claro. Quando olhei para o relógio, estava na hora de ir para o hospital. E foram horas felizes de trabalho, depois de um dia cheio de coisas boas. Viram como no fim, tudo realmente dá certo? E para terminar, uma reflexão: Não tenho medo de envelhecer - só não quero nunca deixar de ser jovem (otimista?). "Mas se eu não tenho remorso, o meu coração não dói".

Uma semana cheia de alegrias a todos!

CLUBE DO CHORO: IPIRANGA FUTEBOL CLUB. R. PRINCESA ISABEL, 795 - QUINTAS-FEIRAS, DAS 21h A 1h.

EDRIA/ANTONIO: CONTATO: 92727970

sábado, 9 de agosto de 2008

Sem Psicose, Por Favor...


"Don't be reckless with other people's heart"

Trecho do "Sunscreen" - vídeo postado no perfil do blog. Tradução: não seja leviano com o coração dos outros. Levo estas palavras com muita seriedade. O complemento é "Não ature gente de coração leviano". Bem, essa parte já não encontra-se tanto em minhas mãos, então procuro entender esse tipo de postura como uma limitação. Outro dia, conversava com um conhecido sobre o assunto. Ele mesmo acabou me admitindo que diversas vezes "sumiu" (efeito "Copperfield"), após dar-se conta que algum tipo de relacionamento não iria seguir adiante. Quem não lida bem com os sentimentos alheios é por que não consegue administrar os próprios - já disse isso aqui. Tenho a política de agir abertamente - sempre. Entendo o outro lado da moeda: há quem lide extremamente mal com a rejeição e, literalmente, "surte" ao ouvir um "não". Lembrei daquela canção francesa "Ne me Quitte Pas" ("Não Me deixe"). Não vejo lógica alguma nesse tipo de apelo. Até por que, se está sendo verbalizado, é por que o outro de fato já não encontra-se "presente". Falando assim, pode até parecer que eu sou um "iceberg". Muito longe disso. Me permito ficar triste quando acontece comigo, pois é importante metabolizar qualquer perda (?). Explicando o ponto de interrogação: só podemos "perder" o que um dia nos "pertenceu" (entre aspas, propositadamente). O que acontece, na verdade, é a frustração de uma expectativa. Aproveitando o gancho do "metabolizar", um dia desses papeava com uma amiga sobre as pessoas com "funcionamento macaco" - só largam um "galho" após ter outro em mãos. Viver o "luto" de um término de relacionamento me parece importante. Quando uma construção desaba, abre-se uma sindicância para apurar o por quê, certo? Faço um "mea culpa" que a vida, na prática, não é tão pragmática assim. Já presenciei relacionamentos novos darem certo sendo engatados na sequência quase imediata do término do anterior. Provavelmente, seja o reforço da idéia que tenho de que o sentimento de "solidão" independe do "status" conjugal. Mudando de assunto agora para o que deveria ter sido o tema inicial desta postagem. Fiquei bastante surpresa, recentemente, ao perceber que não somente certas mulheres, mas também alguns homens, agem como se tivessem prazo de validade. "Estou ficando velho" - ouvi isso da boca de um homem com seus trinta e poucos anos. Fiquei chocada. Tudo bem que talvez eu tenha o viés da minha profissão - meu parâmetro de "idoso" e "jovem" é diferente. Parecia a versão masculina da Bridget Jones (ele não sabe da existência deste blog e não terá acesso a este texto - espero). Não é a primeira vez que alguém nessa faixa etária me aplica o questionário "Você é uma boa esposa em potencial?"(no primeiro encontro): #1: Pretende se casar? 2#: Gosta de crianças? #3: Pensa em ter filhos? #4: É independente? #5: Ambiciosa? # 6: Preocupa-se com seu futuro profissional? #7: Gosta de animais? #8: Tem um bom relacionamento com a família/ainda mora com ela? #9: Gosta de sexo? #10: Bebe/fuma/usa drogas ilícitas?...Afffff! Meu lado crítico também vê esse calhamaço de perguntas como um clichê mais do que barato para (tentar) cativar uma mulher próxima dos trinta anos. Tenho um palpite que esses caras andam lendo revistas "Nova" e similares. Tudo bem, acho super saudável as pessoas conversarem abertamente com o intuito de se conhecerem. Mas assim, perde um pouco da leveza, não acham? Me senti como em uma pré-seleção de uma entrevista de emprego. E assusta mesmo a pessoas como eu, abertas a novas possibilidades. Expectativas, todos temos. Todavia, a forma como as externamos pode passar uma imagem de ansiedade (desespero?). E quem quer ser a "Tábua de salvação" do outro? Bah, isso me cheira fortemente a possibilidade de relacionamento não saudável. Me espanta, enfim. Sou muito espontânea e deixo claro quando aprecio a presença de alguém. Mas sem psicose, por favor...

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Teste de Personalidade



Recebi, via e-mail, um teste de personalidade (meu irmão me mandou). Sou um tanto incrédula em relação a essas coisas, mas resolvi respondê-lo. Coincidentemente, o resultado foi o mesmo do meu pai.
A perfil descrito foi interessante e me trouxe algumas reflexões:


"Os outros te vêem como alguém alegre,
animado, charmoso, divertido, prático,
e sempre interessante, alguém que está
constantemente no centro de atenções,
mas suficientemente bem equilibrado
para não deixar isso subir à sua cabeça.
Eles também te vêem como amável,
compreensível, alguém que sempre
os anima e os ajuda".



# 1: "Constantemente no centro das atenções" = exibida X carismática;

# 2: "Animado" = hiperativa?;

# 3: "Suficientemente equilibrado" = meio maluca X meio sã;

# 4: "Sempre interessante" = peculiar X esquisita;

# 5: "Compreensível" (compreensiva - erro de tradução?) = tolerante X condescendente.

# 6: "Prático" = sem dúvida.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Mentira


"As palavras da verdade são simples" - Eurípedes

Eu, que prego tanto a verdade, contei uma pequena mentira hoje. "Pregar" é um bom termo, por que se não dosamos a sinceridade, o impacto pode ser tão doloroso quanto o de um prego sendo martelado. Revisando conceitos, como sempre, percebi que a mentira pode ser um bom instrumento poupador de ferimentos desnecessários - desde que não se torne um hábito, claro. Até me deu uma vontade de ouvir uma mentirinha, por que lido melhor com fatos concretos (mesmo que sejam falsos). Metaforicamente, escolheria o inferno ao limbo. Especulações são desgastantes e errôneas em grande parte das vezes. Aí pode entrar o "papel social da mentira". Já mencionei aqui o quanto gosto de observar a linguagem corporal quando converso com alguém. Ontem, papeava com um amigo a esse respeito. Falávamos sobre meios de comunicação como MSN e afins. Até o velho e bom telefone é mais conveniente nesse sentido, pois é possível captar muitas informações só pelo tom de voz. A escrita isoladamente é bastante limitada e pode gerar interpretações equivocadas. Bem, se eu fosse levar essa percepção ao pé-da-letra, não escreveria mais aqui. "O que pensará sobre mim quem vier a ler este texto?" - "Closed Caption" do meu pensamento, neste instante. Calma aí quem me conhece pouco, então. Prefiro a verdade e costumo ser coerente nesse sentido. O que quis dizer é que a incerteza me inquieta, sobretudo. Não recomendo que ajam como eu com uma senhora que trabalhava em minha casa quando era criança: "A senhora precisa de uma plástica!". O retrato da sinceridade infantil, cruel pelo simples desenvolvimento precário do Superego (senso crítico). Quem já ouviu falar na Síndrome "Gilles de La Tourette"? Talvez eu tenha uma forma mais branda...Vai saber, né?

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

? + ? + ? = ? (!)



"Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo."

Clarice Lispector

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Redenção ao Meio-dia I - Sol

"A fotografia eterniza momentos.
A poesia eterniza sentimentos.
A fotografia é a poesia da imagem.
A poesia é a fotografia das sensações".

Desconhecido



Redenção ao Meio-dia II - Sol





Chuva



Ontem senti algo parecido como aquela pessoa que tenta devolver a carteira que caiu do bolso de alguém e a outra sai correndo, por medo de ser um assalto. Gostei dessa analogia, por sinal. Então, lá vai outra. Tudo na vida acontece por uma conjunção de fatores. Não basta simplesmente desejar que chova. Se as condições do tempo não forem propícias, não haverá precipitação.

Chuva:

#1 - A água, quando é aquecida (pelo Sol ou outro processo de aquecimento), evapora e se transforma em vapor de água;

#2 - Este vapor de água se mistura com o ar e, como é mais leve, começa a subir;

#3 - Formam-se as nuvens carregadas de vapor de água (quanto mais escura é a nuvem mais carregada de vapor de água condensado)

#4 - Ao atingir altitudes elevadas ou encontrar massas de ar frias, o vapor de água condensa, transformando-se novamente em água;

#5 - Como é pesada e não consegue sustentar-se no ar, a água acaba caindo em forma de chuva.


Se não há possibilidade de chuva, pode-se aproveitar o calor do sol. E sempre lembrando que a previsão do tempo é apenas uma probabilidade.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Non, Je Ne Regrette Rien







Fui contemplada nos últimos dias com os que considero o pior e o melhor aroma que já senti. O mais desagradável não é pertinente citar aqui (uma parte difícil do meu trabalho, que ocasionalmente tenho que lidar). Para compensar os odores nauseantes, existem os inebriantes. Sempre fui muito ligada em cheiros. Fui fiel por anos ao perfume "Samsara". O "traí" recentemente com o "Glamour", do Boticário, por questões práticas (leiam-se financeiras). Pretendo viajar tão logo seja possível para adquirir novamente o meu antigo amor. Ou vou encomendá-lo às minhas amigas que irão à Europa em breve (tá feito o pedido, gurias). Bem, quando mencionei o melhor aroma, me referia a um perfume masculino em específico. Tem um outro que gosto bastante, também. Nem vou citá-los para não correr o risco de serem usados como "armas" contra a minha pessoa (risos). Mesmo sabendo que o cheiro exalado depende da pele em que se encontra, certos perfumes são muito marcantes. E me perturba sentí-los. Coisas da complexa química cerebral...Ainda bem que o meu lobo frontal está intacto (eu acho). Se perfumes viessem com trilha sonora, escolheria para o primeiro citado...Bah, tá difícil... "Por Una Cabeza" (Por Uma Cabeça). Para o segundo, "Volver"(Voltar/Regressar). Ambas cantadas pelo Gardel. E para o meu querido "Samsara": "Non, Je Ne Regrette Rien"(Não, Não Me Arrependo de Nada), da Edith Piaf. Assistam: http://www.youtube.com/watch?v=Z9eH0nmy0og&feature=related

sábado, 2 de agosto de 2008

Laco & Edson



Momento êxtase do dia: chegar em casa e tirar os sapatos (tênis). Foi um dia de bastante trabalho, pois tinha um colega a menos no plantão. "Chá-de-cadeira não é remédio", disse a alguns pacientes, me desculpando pela demora no atendimento. Além de ser educado, foi um gesto que me protegeu de ouvir reclamações pelas quais não tinha culpa nenhuma. Vá lá, foi um dia bom mesmo assim. Ao sair do plantão, percebi que tinham terminado o pão e o café aqui em casa. Lá vou eu à tarefa ingrata de ir a um supermercado no sábado. Ir às compras com fome não é uma boa idéia - salivando e de mau-humor, dá vontade de sair comprando tudo que é besteira. Mas tive auto-controle - afff! Foi com bastante pesar que devolvi o filme da Edith Piaf sem assistir o CD de extras. Bah, muito linda a trilha sonora. Para quem sabe francês, então, deve ser melhor ainda. Depois vou tentar escrever uma postagem específica sobre os filmes que assisti recentemente. Hoje não - tô sem cabeça. Tô escrevendo só para relaxar mesmo. Uma amiga me ligou para ir para a balada (que jeito maneirinho de falar). Sem condições - tenho que madrugar amanhã de novo. Se ela tivesse me convidado para algo mais caseiro/geriátrico, possivelmente aceitaria. Gosto se sair "na noite", mas não é todo dia. Sou de fases nesse aspecto. Estou num momento mais doméstico. Até março estava saindo direto. Curto especialmente um local aqui de Porto onde sempre têm bandas que tocam um rockyzinho inglês. Tive uma lembrança agora de dois caras que tocavam bastante na serra gaúcha há uns anos atrás: "Laco e Edson" - um no violão e outro na percussão (não me lembro o nome daquele tamborzinho). Êba! Acabei de descobrir na internet que um dos caras têm um blog: http://laco-laco.blogspot.com/. E até uma comunidade no Orkut: http://www.orkut.com.br/Community.aspx?cmm=21599904.
Eles tocam de tudo um pouco: MPB, rock...Tenho somente uma frustração em relação a eles. Eu sempre mandava o guardanapo pedindo a música "A Carta" (gravada pelo Erasmo Carlos e Renato Russo - alguém se lembra???). Eles NUNCA tocavam por que não sabiam (nem procuraram saber - oportunidade deles se redimirem eu dei...). Virei até motivo de piada de tanto pedir e não conseguir que tocassem. Sou brasileira e não desisto nunca - vou deixar um recado na comunidade deles. Descobri que são de Canoas - jurava que eram lá da "séra". Vou dar uma pesquisada no You Tube se acho algum vídeo legal deles para (tentar) postar aqui. Fui!

Achei! O som não tá dos melhores, mas vale a pena conferir:

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Música & Bom Ar



Sobre o que vou escrever? Não sei. Só sei que preciso. Começo então com um assunto mais ameno. Ontem, assisti ao filme "Som do Coração". Tinha sido recomendado por uma colega. Me identifiquei com o personagem piá, que ouve música em tudo ao seu redor constantemente. Não sou esquizofrênica, só para esclarecer. Apenas tenho uma ligação por demais forte com a música. Existem diversos músicos em minha família. Até tentei tocar violão quando tinha uns catorze anos, mas não levei adiante. Culpa do meu ouvido absoluto (Mozart?) - absolutamente surdo! Desse componente, tenho apenas o amor à música. Música tem um componente afetivo muito importante para mim. Gosto de diversas canções por que me trazem lembranças de momentos bons. Não há uma sequer que escute que não faça me lembrar de algo. Me remetem vivas, com cheiros, cores e tudo mais. "Eu dancei com você, divina dama, com o coração queimando em chamas". Essa linda canção do Chico é parte de um "regalo" que ganhei hoje. Acabei de descobrir nesse momento uma interpretada pela Elis (maravilhosa) no mesmo CD. Uma vez ouvi de um certo alguém: "Não gosto de músicas melancólicas". Bem coerente com quem a proferiu, mesmo. Ouço música conforme meu estado de espírito. Alegres nos dias felizes, emotivas nos dias sensíveis (não necessariamente tristes). Lembrei de um episódio quando estava por acabar a residência em Geriatria. Cada consulta era uma emoção, me despedindo dos meus queridos pacientes. Teve uma senhora que me marcou, em especial. Um dia, ela veio acompanhada de sua filha para falar comigo para me dar tchau, pois sabia que seria meu último mês trabalhando ali. Nossa, ela começou a me dizer tantas coisas lindas. Se lembrava da primeira frase que havia dito a ela no nosso primeiro encontro (elogiei seu óculos). Segurei as lágrimas até onde foi humanamente possível. Claro, já estava mais sensível por ser uma época de muitas despedidas. Um professor meu, quando me viu entrando com aquela cara indisfarçável de choro, me disse: "Pára de chorar, guria! Tá assim por quê? Tua vida só vai melhorar a partir de agora!". Realmente, a vida de médico residente é bem puxada. E olha que a minha nem foi das piores, por que sempre tive muito apoio dos meus pais. O que queria comentar com essa história, é que tenho dificuldade em entender por que algumas pessoas sentem tanta vergonha de chorar - ou sentem-se incomodadas com quem o faz . Sim, sou muito feliz. E expresso sorrindo - bastante, segundo quem convive comigo. Obviamente, vivemos em sociedade e nem em todas as situações podemos exprimir tão claramente nossos sentimentos. "Por que vamos chorando, se nossos cicerones são aves cantando?" - achei a trilha sonora desta postagem. Retomando, após uma breve fuga de idéias. Tento entender por que alguém manda outra pessoa parar de chorar (salvo em momentos histéricos - confesso que tenho certa dificuldade em lidar com esse tipo de personalidade). Quando me falam para parar de rir, até entendo - meu botão de volume não funciona direito (risos). Bem, na forma como tudo funciona atualmente, não é tão difícil assim de compreender. É mais ou menos como aquele vizinho que não paga o condomínio e tem um carrão na garagem. Aparências - mantê-las, acima de tudo. Demonstrar fragilidade não significa fraqueza. Fortes são aqueles que tiram o lixo debaixo do tapete e o expõe - para serem removidos (reciclados?). Mis alfombres tienem bueno olor... ?Y suyos? Colocar Bom Ar nos sapatos não vale. O importante é manter os pés limpos... Buenas noches!