quinta-feira, 30 de outubro de 2008

"You Are So Beautiful"



Faz quatro dias que eu não tenho um sono reparador (por motivos bons e ruins que se compensaram - ainda bem). Estou "na capa da gaita", mas ainda sim, com muita vontade de escrever. Acabei de olhar nesse instante para minhas mãos e pensar "Nossa! Que unhas mais horríveis!" Eu mesma costumo fazê-las, desde os catorze anos. Funciona como uma terapia realizar uma atividade puramente manual. Relaxa, espairece e ainda fico com as mãos (quase) sempre em ordem. É a minha forma útil de não pensar em nada. Puxa, pensei que ia engatar um papo "mulherzinha", mas não vai ser dessa vez. Acabei de concluir as minhas tarefas da semana do curso de cuidados paliativos, com uma energia não sei tirada de onde. Como disse, estou mais do que cansada. Anteontem, fui a um barzinho na Cidade Baixa com uma grande amiga (aquela que sempre me inspira bons temas a serem abordados aqui) e ontem fui a um aniversário na Zona Sul de uma outra grande amiga. Encho uma mão inteirinha de amigos de fé - sou uma pessoa de sorte. E que (quase sempre) faz boas escolhas. Trabalhei hoje à tarde e quando estava chegando em casa, começou a tocar uma música na rádio (que estou ouvindo agora), pela qual sou apaixonada: "Angels", na versão do Robbie Williams. Entendo bem inglês e ela caiu como uma luva para o meu momento de vida. Pensei em alguns "anjos" que convivo e que aprendo a dar mais e mais valor a cada dia. Bem, mudando de assunto, anteontem surgiu uma idéia de postagem enquanto papeava com um desses "anjos". Falávamos sobre a importância da beleza (externa). Uma boa trilha sonora, então: "You Are So Beautiful", do Joe Cocker (essa derruba até a lagartixa da parede). O tema surgiu quando comentávamos que as pessoas muito bonitas também sofrem preconceitos. Ouvi um dia desses: "Mas toda pessoa muito bonita é burra, afinal, não precisa se esforçar para conseguir o que quer!". Affff! Só poderia ter sido proferida por um ser esteticamente desfavorecido (termo politicamente correto para "feio"). Que absurdo! Pior é que li em janeiro uma matéria da Superinteressante que endossava essa idéia. Que generalização mais estúpida (e qual não é?). Claro que atributos estéticos abrem muitas portas (dizem que existem estudos comprovando essa teoria - não li e nem me interessam). Tem uma frase (do Chaplin, se não me engano), que diz "A beleza é um cartão de visitas que dura muito pouco". Concordo. Dissociada de inteligência, bom-humor e simpatia, não prende meu interesse por mais do que por alguns minutos (me refiro ao "téte a téte" (alguém sabe a origem desse termo?). O contrário também é verdadeiro, mesmo que o conceito do que é estético seja subjetivo e dependente de diversas variáveis (cultura, quantidade de "reboco" - válido para mulheres, travestis, "drags","emos"...Ah! E o nível etílico e de carência, é claro!). Uma das coisas mais engraçadas que já escutei nesse sentido foi "Adoro homem feio!". Acho que ela quis dizer "traços faciais fortes". Cada um com seus parâmetros, né? Lembrei de um dia que fui perguntar a um conhecido a respeito de um rapaz que me passou a primeira impressão de ser "peculiar" ("alternativo" é clichê demais e sem sentido). Ele tinha uma argolinha de prata na orelha (esquerda, veja bem) e usava com alguma freqüência "All Star" e camisetas de cores marcantes (vibrantes dá uma conotação homossexual), inclusive rosa. Claro que o "machão" me disse que achava que esse rapaz "ORIGINAL" era gay! Que preconceito! Eu acho LINDO homens (heteros - questão de preferência, não de preconceito) que usam rosa, por que tem que ter muita personalidade e uma bela estampa para se ficar bem com essa cor. Bah, confesso que achei a verdadeira inspiração desta postagem. Certas pessoas têm uma beleza que desconcerta. Acompanhada de um sorriso aberto, então...é covardia. Afinal, olhar não tira pedaço (ainda bem). Mata a tia, mata (risos).

domingo, 26 de outubro de 2008

"NEM TODOS QUE SÃO, AQUI ESTÃO; NEM TODOS QUE AQUI ESTÃO, SÃO"



Fazia tempo que não chegava em casa com vontade de escrever. Trabalhei ontem e hoje durante o dia. Dois plantões relativamente tranqüilos, considerando a média dos finais de semana. Cheguei ontem morta em casa. Só tive disposição de dar uma passadinha na locadora de DVDs. Comprei 3 coisas que me deram alguns bons instantes de felicidade: "O Feitiço de Áquila", clássico dos anos 80 com Michelle Pfeiffer e Matthew Broderick (este então quase uma criança), um pacotinho de M&Ms (com efeito terapêutico para a minha TPM -já disse isso aqui) e um saquinho de pistaches. Aliás, tenho uma teoria que pistaches são "diet", pois gastamos muitas calorias tentando abrí-los. Terminei o plantão hoje novamente "na capa da gaita". Mesmo super cansada, resolvi me divertir um pouco. Saí do hospital e fui direto à casa de uma grande amiga. Estavam lá mais duas meninas (olha o viés), uma das quais já é parte do nosso seleto grupo. Divertidíssimas e inteligentíssimas, sempre rola um papo legal. De amenidades a pensamentos profundos sobre a condição humana (que bonito isso). Conversamos, dentre diversas coisas, sobre a nossa dificuldade de lidar com assuntos mal resolvidos. Lembrei de um episódio em que uma amiga em comum sofreu uma decepção (lá vem...) e escrevia cartas para desabafar (leia-se: elaborar o processo). A intenção inicial era apenas organizar o próprio pensamento, porém, ela acabou por enviá-las ao destinatátio (destinotário?). Na verdade, acabou cometendo sem querer um ato de caridade, por que aliviou a culpa de quem a magoou. E que merda deve ser se sentir assim. Juro que pensei que essa guria deve ser a reencarnação da Madre Teresa de Calcutá, quando aceitou, recentemente, conversar com uma "amiga" que tinha sido uma legítima f.d.p. (estou com TPM - dêem um desconto ao meu vocabulário tosco hoje). Expliquei às presentes que meu empenho em deixar tudo sempre bem resolvido é uma questão de saúde. Engolir sapo me causa enxaqueca (99% das vezes). É sério! Por isso tenho uma necessidade tão grande de expressar meus pensamentos. Já brinquei aqui que tenho uma versão leve da Sìndrome de "Gillles de La Tourette" (se não sabes o que é, procura no Google). Realmente não acho que tudo deve ou pode ser dito, afinal vivemos em sociedade e blá, blá, blá...(assunto abordado anteriormente neste blog). Ouvi, há poucos dias, de uma pessoa mais vivida do que eu: "Ih! Nem começaste a viver ainda!". Posso até não ter a oportunidade de me expressar, mas tenho certeza absoluta que alguns compotamentos bizarros vão continuar me impactando até os 90 anos. Affff! Isso significa que tenho no mínimo mais sessenta anos para aprender a lidar com isso. Bem, existem dois motivos para se fazer terapia: para lidar com as próprias dificuldades ou para se criar mecanismos (saudáveis) de sobrevivência a este mundo insano. Pensando melhor, a lucidez é a pior loucura de todas, por que não tem cura! Para ilustrar esse paradoxo, posto esse vídeo do You Tube indicado por um querido colega Pediatra (valeu!).

* Dizeres em uma fachada de uma instituição psiquiátrica.

sábado, 25 de outubro de 2008

Metallica



Metallica, sempre Metallica - por que nem só de baladinhas é feita a vida...

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Roy Orbison



Roy, sempre Roy...

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

* Esculhambação e Retrocesso



Estou aqui em frente ao computador há alguns minutos, pensando se devo ou não escrever agora. Estou há dias assim, na verdade. Têm alguns momentos na minha vida em que fico realmente receosa de escrever. Meu coraçãozinho está disparado nesse momento (por volta de 100b.p.m.). Já recebi algumas críticas em relação a me expor aqui, o que me inibe até um certo ponto. Pois então, vou parar de enrolar. Aconteceram alguns fatos recentemente com uma grande amiga que me fizeram parar para pensar. E pelo menos para isso ainda não cobram impostos. O que aconteceu a ela, especificamente, não vem ao caso. Genericamente, uma das melhores pessoas que conheço foi vítima, mais uma vez, da falta de escrúpulos alheia. "Amigos" e "amores" muito econômicos, digamos assim - economiza-se inimigos, pois acabam cumprindo dupla função. O que mais me chocou foi a reação de alguém que disse a ela: "Fulaninha, o teu problema é que confias demais nas pessoas!". Distorção semelhante seria chegar numa delegacia para prestar queixa e ouvir "Quem mandou portar coisas passíveis de serem roubadas???". Veja bem, nenhum ser humano de bom-senso vai andar com um Rolex à vista, mas assim já é demais para a minha cabeça. Que tamanha distorção de conceitos! Devemos adotar uma postura paranóide em relação a tudo e todos (sobretudo)? Queria responder a essa pergunta com um "não" bem convicto, porém, não consigo fazê-lo. Tive a sorte de crescer em um ambiente onde a honestidade sempre foi passada a mim por meio de exemplos. Também tenho amigos à minha volta com os mesmos valores que eu. Aliás, já prometi a mim mesma que vou ser mais cuidadosa ao chamar alguém de "amigo". Mais cautelosa ainda ao expressar admiração por outro ser humano (pode ser só um "bípede"...). Soube que fui rotulada, recentemente, de "moralista". Aceitei como um elogio, claro. Preceitos como não cobiçar o cônjuge do próximo e não apropriar-se indevidamente do alheio fazem parte dos dez mandamentos, não? Até eu, que sou atéia, sei disso. Algumas coisas que acontecem àqueles que amamos nos afetam em graus variados. Talvez por estar em um momento mais sensível e reflexivo, fiquei mais chocada ainda com o que vi. Um dia desses, ouvi uma frase de uma música do Legião: "Todo mundo sabe/ninguém quer mais saber/Afinal amar ao próximo/está tão demodé". Reconheço (e desfruto) de todas as vantagens desse mundo dito "moderno", mas creio que conceitos como caráter, respeito, honestidade e transparência (e tantos outros), jamais deveriam sair de moda. Não quero me tornar alguém desacreditada na bondade humana...Admito que isso está se tornando um grande desafio. Tentando me manter como um galho verde que se enverga e retorna à sua forma original. Lembrando que o sol e o vento em excesso podem secá-lo e...

* Parafraseando os dizeres de nossa bandeira nacional.

domingo, 19 de outubro de 2008

Cara Valente



A inspiração tá voltando...
Me aguardem!

Beijos!

Beth.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

A Importância do Tamanho (das Pessoas)


"O tamanho varia conforme o grau de envolvimento. Ela é enorme para você, quando
fala do que leu e viveu, quando trata você com carinho e respeito, quando olha
nos olhos e sorri destravado. É pequena para você quando só pensa em si mesma,
quando se comporta de uma maneira pouco gentil, quando fracassa justamente no
momento em que teria que demonstrar o que há de mais importante entre duas
pessoas: A amizade, o respeito, o carinho, o zelo e até mesmo o amor. Uma
pessoa é gigante para você quando se interessa pela sua vida,quando busca
alternativas para o seu crescimento, quando sonha junto com você. É pequena
quando desvia do assunto. Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende,
quando se coloca no lugar do outro, quando age não de acordo com o que esperam
dela, mas de acordo com o que espera de si mesma. Uma pessoa é pequena quando
se deixa reger por comportamentos clichês. Uma mesma pessoa pode aparentar
grandeza ou miudeza dentro de um relacionamento, pode crescer ou decrescer num
espaço de poucas semanas. Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que
parecia ser grande. Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia
ser ínfimo. É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas se agigantam e
se encolhem aos nossos olhos. Nosso julgamento é feito não através de
centímetros e metros, mas de ações e reações, de expectativas e frustrações.
Uma pessoa é única ao estender a mão, e ao recolhê-la inesperadamente, se torna
mais uma. O egoísmo unifica os insignificantes. Não é a altura, nem o peso, nem
os músculos que tornam uma pessoa grande..... É a sua sensibilidade sem
tamanho..."

Shakespeare (será?).

Muchas gracias, Nanica!