quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Seja "IDIOTA"



A "idiotice" é vital para a felicidade!!

Gente chata é sempre séria, profunda e visceral. A vida já é um caos. Por que fazermos dela, ainda por cima, um tratado?

Deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitáve: mortes, separações, dores e afins.

No dia-a-dia, pelo amor de Deus, seja "idiota"!

Ria dos próprios defeitos. E de quem acha defeitos em você. Ignore os mal-humorados que criticam sua maneira de agir. Pense assim: quem tem que carregar aquela cara feia, todos os dias, inseparavelmente, é ele. Pobre dele!

Milhares de casamentos acabaram não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de "idiotice".

Quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselho pra tudo, soluções sensatas mas não consegue rir quando tropeça?

Alguém que sabe resolver uma crise familiar mas não tem a menor idéia de como preencher as horas livres de um fim de semana?

É bem comum gente que fica perdida quando se acabam os problemas. E daí, o que elas farão se já não têm por que se desesperar?

Desaprenderam a brincar. Eu não quero alguém assim comigo. Você quer? Espero que não!

Tudo que é mais difícil é mais gostoso, mas... a realidade já é dura; piora se for densa.

Adultos podem (e devem) contar piadas, passear no parque, rir alto e lamber a tampa do iogurte.

Ser adulto não é perder os prazeres da vida e esse é o único "não" realmente aceitável.

Teste a teoria. Acorde de manhã e decida entre duas coisas: ficar de mau humor ou sorrir...

Bom mesmo é ter o mínimo de problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração!

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Chove Chuva...



Correr na chuva é uma de-lí-cia!

Fotinho tirada hoje, após o meu treino.

Beijos e um feliz Natal a todos!

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Corra, Beth, Corra!


Preciso compartilhar um momento muito especial da minha vida com todos! Redescobri o prazer de fazer exercícios físicos. Um em especial: correr. Estou bastante surpresa comigo mesma, afinal, esse esporte sempre esteve em último no "ranking" das minha (escassas) preferências. Continuo com a patinação - não com a freqüência que gostaria, por que requer uma certa estrutura para ser praticado. Há uns bons anos, lutei por cerca de 3 anos Taekwondo (arte marcial coreana, que significa "caminho dos pés e das mãos", se não me engano). Cheguei na faixa azul com ponteira vermelha, mas quando começaram chutes cheios de firula e com quebramentos, me desestimulei. Não sou uma mulher exatamente "leve" e tinha grande dificuldade de sair do chão (pelo menos no sentido literal). Por volta dos meus dezoito anos, fiz um ano de Jiu-Jítsu, que não me manteve interessada por tanto tempo quanto a primeira luta mencionada. Na época que as praticava, vivia com dores musculares e acabei cansando dessas modalidades. Sempre gostei de fazer coisas com finalidade além da estética. Também não curto ambiente de academia. Barulho demais para o meu gosto ("S&S" -sarada e surda - não é comigo). Além disso, trabalho em ambiente confinado - dou preferência a locais abertos por causa disso. Bem, retomando, vou explicar o por quê minha súbita vontade de correr. Na verdade, o estímulo inicial foi...não tive escolha (só podia...). Vou ter que correr, querendo ou não. Então, resolvi me preparar. Comprei a revista "Runners" - edição de novembro. Me chamou a atenção na capa uma matéria com orientações a iniciantes. Comecei há uma semana o programa sugerido e fiquei feliz por estar menos descondicionada do que esperava. E descobri que correr dá um "barato". Achava que era balela, mesmo que o meu lado médico já soubesse na teoria das tais "endorfinas" (algo parecido com a morfina que o nosso corpo produz). Na reportagem, diz que em 8 semanas posso pensar em competir em uma prova de curta distância...quem sabe, né? Hoje foi dia de descanso e confesso que senti falta...Incrível!!! Acabei de lembrar de uma colega geriatra, que tem trinta e poucos anos e é enxutérrima. Ela ficou oito anos sedentária, até que começou a correr por iniciativa do marido, que é maratonista. Atualmente, não vive sem uma corridinha...Impressionante como algumas pessoas que conheço que correm se mantêm jovens. Todas aparentam muitos anos menos do que têm. Bem, para complementar o condicionamento, fui anteontem fazer avaliação física para fazer também musculação. Será que tem alguma comunidade Orkutiana chamada "Eu odeio adipômetro"??? Se não tem, vou criar. Coisinha desgraçada esse instrumento que mede "dobrinhas". Meu abdome sempre foi meu ponto fraco e tê-lo beliscado por aquela maquininha foi traumático...Mas tudo bem! Tudo na vida requer um grau de esforço. E o prazer da recompensa - sempre. Vou contando meus progressos por aqui, certo? Ah! Um feliz Natal a todos. Espero conseguir desejar um próspero 2009 em uma postagem logo a seguir! Até mais!

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

O Balanço da Balzaquiana


Uma súbita vontade de escrever surgiu hoje ao ler o blog recém criado de uma amiga: creioparaver.blogspot.com. Bem, o título, prá começar, me causou extrema empatia. Sou uma otimista por excelência e tendo a acreditar que as coisas tendem a dar certo, até mesmo quando tudo indica o contrário. "Não conseguir o que se quer pode ser um grande lance de sorte". Sempre me lembro desses dizeres do Dalai Lama. Um dia desses, tive uma idéia de postagem que acabou passando batida. Estava refletindo até que ponto meu otimismo é benéfico ou prejudicial. Me refiro especificamente à confiança que tendo a depositar precocemente nos outros. As tais "lentes cor-de-rosa", que tanto já mencionei aqui. Ah, deixa prá lá! Eu estou com TPM e a minha auto-crítica fica lá em cima. Se vem dando certo até aqui, é por que devo ter encontrado meu ponto de equilíbrio (espero). Mudando de assunto (não perco a minha tendência a ter fuga de idéias - Freud explica), então. O ano está terminando - incrível! Essa época é um bom momento para se fazer aqueles tais "balanços" de vida. Excepcionalmente, não estou sentindo essa necessidade de uma forma assim tão importante, como no ano que passou, por exemplo. Foi (está sendo) um ano bastante intenso, então esses "balanços" foram feitos em partes. O saldo está sendo positivo, certamente. Muitas alegrias e algumas decepções (leia-se "expectativas errôneas") bastante marcantes. Destas, prefiro lembrar do quanto me fizeram evoluir. Estão bem digeridas - agradecimentos ao meus amigos, à minha família (incluindo os felinos) e a este blog. Fiz trinta anos e nem escrevi algo especificamente sobre isso. Sim, foi significativo, não vou negar. Lembrei que meu pai me ligou na referida data e me perguntou: "Como estás te sentindo, agora que és uma balzaquiana?" Resposta: "Ótima, pai! Nunca fui tão feliz!". E é verdade. Ainda tenho juventude, mas agora com uma cuca bem mais fresca do que tinha aos vinte anos. Aliás, aprendi que a jovialidade é bem mais relevante que a juventude. Existe "velhice precoce". E pessoas com idade cronológica que se enquadrariam na categoria "idoso" que são extremamente joviais (lembrei da mãe de uma amiga - beijos, Vera!). Cheguei a esta constatação devido à minha profissão, também. A geriatria/medicina me proporciona muito além do que sustento e satisfação pessoal. Aprendo, de quebra, fundamentos sobre a vida. Ah, por falar nisso, tenho um desejo especial para 2009. Quero continuar acreditando no *amor como nunca deixei de crer na forma como exerço e encaro a minha profissão. Com um toque saudável de objetividade, claro. Que assim seja!

* Wikipédia:
A palavra amor (do latim amor) presta-se a múltiplos significados na língua portuguesa. Pode significar afeição, compaixão, misericórdia, ou ainda, inclinação, atração, apetite, paixão, querer bem, satisfação, conquista, desejo, libido, etc. O conceito mais popular de amor envolve, de modo geral, a formação de um vínculo emocional com alguém, ou com algum objeto que seja capaz de receber este comportamento amoroso e alimentar as estimulações sensoriais e psicológicas necessárias para a sua manutenção e motivação.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

A Mulher Independente - Martha Medeiros


Estava autografando meu livro na Feira quando uma senhora alta, elegante, já bem madura, chegou sorridente pra mim e disse: Te acho uma mulher fenomenal. Eu, toda sorrisos, tomei o livro que ela tinha em mãos e me preparei para escrever uma dedicatória bem carinhosa. Ela então complementou: Mas eu não queria ser casada contigo tu és muito independente!.

Concluí a dedicatória, agradeci a gentil presença dela, enquanto que meu coração começou a bater de forma mais lenta. "O que estou sentindo?", perguntei a mim mesma, em silêncio. Tristeza, respondi a mim mesma, em silêncio, enquanto a próxima pessoa da fila se aproximava.

Em que eu seria mais independente do que qualquer outra mulher? Quase todas as que conheço trabalham, ganham seu próprio sustento, defendem suas opiniões e votam em seus próprios candidatos. Algumas não gostam de ir ao cinema sozinha, já eu não me importo. Poucas moraram sozinhas antes de casar, eu morei. Quase nenhuma, que eu lembre, viajou sozinha, eu já. E nisso consta toda minha independência, o que não me parece suficiente para assustar ninguém.

Fico imaginando que essa tal "mulher independente", aos olhos dos outros, pareça ser uma pessoa que nunca precise de ninguém, que nunca peça apoio, que jamais chore, que não tenha dúvidas, que não valorize um cafuné. Enfim, um bloco de cimento.

Quando eu comecei a ter idade pra sonhar com independência, passei a ler afoitamente os livros de Marina Colasanti – foram eles que me ensinaram a importância de abrir mão de tutelas e a se colocar na vida com uma postura própria, autônoma, mas nem por isso menos amorosa e sensível. Independência nada mais é do que ter poder de escolha. Conceder-se a liberdade de ir e vir, atendendo suas necessidades e vontades próprias, mas sem dispensar a magia de se viver um grande amor. Independência não é sinônimo de solidão. É sinônimo de honestidade: estou onde quero, com quem quero, porque quero.

Sobre a questão da independência afugentar os homens, Marina Colasanti brincava: "Se isso for verdade, então ficarão longe de nós os competitivos, os que sonham com mulheres submissas, os que não são muito seguros de si. Que ótima triagem".

Infelizmente, a ameaça que aquela senhora acredita que as independentes representam não é um pensamento arcaico: no aqui e agora ainda há quem acredite que ser um bibelô (ou fazer-se de) tem lá suas vantagens. Eu não vejo quais. Acredito que a independência feminina é estimulante, alegre, desafiadora, vital, enfim, uma qualidade que promove movimentação e avanço à sociedade como um todo e aos familiares e amigos em particular. "Eu preciso de você" talvez seja uma frase que os homens estejam escutando pouco de nós, e isso talvez lhes esteja fazendo falta. Por outro lado, nunca o "eu amo você" foi pronunciado com tanta verdade.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Carta A Um * Romântico


(...) Olha, sabes que tu tens toda a razão. Nesse meu período de solteira, tenho vivido muitas situações que têm me feito parar para pensar. Entendo o que disseste a respeito da não vontade de beijar alguém. Acho que talvez a grande parte das pessoas tomem certas atitudes quase no "automático", sem parar para pensar no que querem realmente. Mas sabes que até acho que beijar alguém (ou ir além disso), não é o tipo de intimidade que mais gera receio. O envolvimento afetivo, sim.Tenho conhecido pessoas legais (sou otimista e me recuso a desistir de acreditar na boa intenção alheia). E o que mais me espanta é que tem muita gente verdadeiramente traumatizada por aí, que acabaram por se tornarem frias/ reticentes por puro medo. Deixam de viver tantas coisas boas por covardia. Eu resumiria tudo isso em baixa tolerância a frustração, que, em última instãncia, denota a imaturidade emocional em se lidar, sobretudo, com os próprios sentimentos.
Bah! Acho que estou inspirada hoje! Bem, o que quis dizer com tudo isso, é que não desistas. Meu lema é: 'Se gato escaldado tem medo de água fria...eu visto a minha roupa de neoprene!".
Muitos beijos e espero que, independente de nossos respectivos estados civis, possamos sentar e bater um longo papo, pois valorizo a convivência com pessoas que tenham algo de bom a me acrescentar!

* Sim, eles ainda existem.