terça-feira, 30 de outubro de 2007

PALHAÇADA

Vocês viram o que eu vi??? Assistindo ao "Jornal Nacional" na cobertura da confirmação do Brasil como país sede da próxima Copa, fiquei pasma. Duplamente pasma. Primeiro, vi que o emblema contém a cor VERMELHA! Sim, de novo essa cor esdrúxula (no contexto) em um símbolo que vai representar o nosso país no exterior!!! Sei desde criancinha que as cores da nossa band,,eira são azul, amarelo, verde e branco. Isso é deturpação do nosso pobre símbolo nacional!!! Depois, prá fechar com chave-de-ouro, o "grande molusco" elogia o BOM COMPORTAMENTO do brasileiro!!! Aaaaaaaarghhhhh!!! Por que o infeliz não pleiteia cidadania cubana (venezuelana?) e se manda daqui de uma vez??? O que será que ele considera "bom comportamento"? Deve ser seguir aquela máxima de Hitler: "Uma mentira dita cem vezes, torna-se verdade." PALHAÇADA.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Tropa de Elite

Acabei de chegar em casa. Fui assistir "Tropa de Elite". Im-pos-sí-vel não escrever sobre o filme mais comentado do momento. Fazia tempo que não saía de uma sessão de cinema com o público em quase completo silêncio. Eu também estava calada, por que fui sozinha. Mas saí sem palavras. Não vou chover no molhado aqui dizendo "Foi o melhor filme nacional que assisti", por que não vi todos. O que posso dizer é que me causou impacto. E o que mais me impressionou foi a ausência de repercussão em algumas pessoas. "É isso aí. Apenas retratou a realidade no Rio de Janeiro. Não é pesado não. Até deu prá dar umas risadas...". Se esse mesmo filme tivesse sido lançado há uns trinta anos, fiquei imaginando como seriam as reações do público: gente indo embora, outras tendo um piripaque (que termo geriátrico)...E talvez quem as tenha tido agora tenha sido rotulado de "sensível", "fiasquento" ou algo semelhante. Interessante como tudo é "contextualizável", porém, não o deveria. Como diria uma amiga, um assassinato é sempre um assassinato. O que muda são as motivações. Não vou entrar no mérito do que todos já sabem e é corajosamente escancarado no filme. Deixo essa tarefa para o discutível "Direitos Humanos" (seja lá o que isso significa). Particularmente interessante aquela cena em que o rapaz de classe média é surrado pelo policial em meio a uma "passeata pela paz" (sempre quando vejo uma me pergunto se fazem sentido). No filme, o usuário de drogas é retratado como financiador do crime, como o receptador de mercadorias roubadas, por exemplo. Também não entrarei nesse mérito, por que ele parece lógico por si só. Penso que as drogas ilícitas deveriam receber o mesmo tratamento das lícitas. E deveriam ser vendidas legalmente(não livremente-veja bem a diferença). Usuários sempre existirão, então por que não cobrar impostos sobre elas? A tal legalização talvez seja a única forma de acabar com o tráfico e toda a estrutura criminosa que ele engloba/gera. O consumo de tabaco e álcool, amplamente disponíveis, tem um impacto sócio-econômico gigantesco e não se classifica o seu consumo como crime de forma genérica. Mesmo quando deveria. Quando se mata ao volante embriagado, por exemplo. Não tenho essa estatística para citá-la aqui, mas por diversas vezes vi este crime ser julgado como culposo (sem intenção de cometê-lo). Recentemente, houve um juiz que considerou o atropelamento e morte de uma mulher e sua filha (se eu não me engano) por um promotor de justiça como doloso (com intenção). Será que esse caso foi "especial" por tratar-se de um indivíduo presumivelmente ciente das leis vigentes? E o cidadão "comum", é retardado, por um acaso? Alguém que tem a capacidade intelectual mínima suficiente para obter habilitação para dirigir (e que supostamente leu o Código de Trânsito)deveria ser considerado obviamente capaz de avaliar os potenciais riscos de se conduzir alcoolizado. E as elevadas taxas de impostos sobre cigarros, encontram-se muito aquém dos prejuízos causados pelo seu consumo. Então, por que existe essa diferenciação absurda entre lícitas/ilícitas, se o desfecho negativo equilibra-se? Não estou fazendo apologia ao consumo ou legalização específica de coisa nenhuma. Desejo apenas que haja COERÊNCIA nessa nossa m**** de legislação.
A propósito, uma breve fuga de idéias, para terminar: "Tropa de Elite" só não foi mais pesado ainda pela (oni)presença do grande ator Wagner Moura. Fardado e com cara de mau (na vida real, eu prefiro os homens "bonzinhos"). E aquele vozeirão...Afff! Desculpem-me. Vou tomar uma ducha fria. Até mais!

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Tia Beth's Sunscreen (to be continued)

Esta postagem foi inspirada por uma frase dita há alguns meses por um colega/amigo muito querido: "A gente percebe que está ficando velho quando começa a gostar de ouvir Roberto Carlos". O que escreverei, na verdade, não será sobre a descoberta do próprio envelhecimento e sim, da percepção da MATURIDADE. Dois conceitos bem distintos, na minha singela opinião. O envelhecimento é biológico, inexorável. A maturidade é facultativa (mesmo que por vezes não haja possibilidade de escolha-um aparente paradoxo). Então, seja o que Deus quiser (acreditando na existência dele ou não):

Indícios de que a MATURIDADE vem chegando:

#1: supracitado;

#2: alguns dos teus conceitos tornam-se elásticos; outros, solidificam-se (e tornam-se como pedras-podem rachar ao serem submetidas a um choque térmico);

#3: percebe que algumas coisas dependem integralmente do teu esforço;

#4: e que outras independem totalmente dele;

#5: o desequilíbrio entre os itens 3 e 4 pode te transformar em um psicopata ou em alguém estagnado;

#6: a tal felicidade é proporção adequada entre as tuas expectativas e a real capacidade/condição/obstinação de concretizá-las;

#7: e que a discrepância entre ambas é capaz de te tornar um frustado ou um inconseqüente (ou pior, os dois ao mesmo tempo);

#8: quando te sentes bem por perceberes o real valor das coisas (e por não precisares ter contraído uma doença fatal para te dar conta delas);

#9: quando tens a noção de que são as atitudes que têm importância, não as palavras (essa é velha);

#10: e que apesar do item 9, é preciso dosar o que se fala, pois palavras são como a flecha lançada;

#11: e que as cicatrizes deixadas por elas são indeléveis, mesmo com os avanços da Medicina Estética (tentativa de tornar o texto mais leve);

...
Em um outro momento, terminarei esta postagem. Se é que ela tem um fim.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Bienal

Determinada a exercitar meu hemisfério direito do cérebro, resolvi visitar recentemente a Bienal de Porto Alegre (no cais do porto). Cheguei a duas conclusões. Primeira: não entendo p**** nenhuma de arte!!! Tudo bem, não vou radicalizar. Gostei particularmente de três obras, bem interessantes (as fotos estão no meu álbum do Orkut). Também apreciei alguns textos(o das sementes de abóbora, em especial)que faziam parte, na verdade, de uma obra que não me lembro o nome, muito menos o do artista. Passei duas horas agradáveis passeando sozinha e me divertindo com as descrições (excelente ambiente para abstrair): "este trabalho dimensiona o caráter holístico e magnânimo da polinização da globalização, sob o olhar crítico e tenaz de fulano de tal, enfatizando a necessidade do ser humano, como pessoa, de assumir o seu papel atuante no contexto dramático de um cenário caótico pontuado pelo infinito". Tudo bem, isso foi só um exemplo. Porém, diversas descrições que li não fugiram desse padrão "Gilberto Gil". Ou isso é realmente bizarro ou eu sou por demais ignorante...Segunda conclusão: posso virar artista plástica e ganhar dinheiro com isso. Lembrei de um maluco, em Nova Iorque, que resolveu evacuar em latas, vedá-las e vendê-las como...OBRA DE ARTE! Incrível! Transformar merda em dinheiro apenas dando um nome diferente para sua...OBRA! Pensava que só fabricantes de adubo fossem capaz de tal façanha...Bom, antes que eu morra apedrejada por artistas plásticos revoltados, quero apenas deixar claro que admiro as artes de maneira geral, mesmo sem compreendê-las plenamente. E que tenho, dentro das minhas limitações, senso crítico de não adquirir fezes só por que um pseudo artista as nominou de forma distinta e atribuiu-lhes um valor. E fica registrado o meu respeito pelos verdadeiros artistas.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

A Fábula do Exame de Próstata

Ouvir a verdade é como um exame de próstata (obs: eu não tenho próstata). Na hora te sentes invadido, porém, finges que é tudo muito natural. E retornas a consultar mesmo assim, por que sabes que aquilo é para o teu bem.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Carta ao Pépe (cachorro da Patty)

Oi, lindinho! A tua mãe me contou que andas mais comportado...Bem...Nem tanto! Me disse que o teu entusiasmo pelas fêmeas chega a ser constrangedor! Acho que está na hora mesmo de trocar os teus brinquedinhos por algo mais interessante. Mas ouve bem alguém de outra espécie, que lida às vezes com machos com o cérebro menos desenvolvido que o teu(sem ofensa): dá um latido simpático, para começar, seguido de uma cheiradinha no traseiro dela (não recomendado para seres humanos). Se ela corresponder, brinca um pouco com ela, por que fêmeas curtem machos divertidos. Faz cocô sempre no jornal (JAMAIS esquece de fechar a porta), pois educação é fundamental. Oferece,de surpresa, um biscrok bem fresquinho-pequenas gentilezas contam muitos pontos. Por fim, se vocês cruzarem (termo não aplicável a seres humanos), pede à tua dona para te levar para passear e demonstra satisfação ao encontrá-la, para que ela se sinta segura de que sentes o mesmo. Se não for o caso, não precisas rosnar! Basta dar uns latidos sem entusiasmo, deixando bem claro que a recíproca não é verdadeira-a maioria das fêmeas não morde quando isso acontece. Por fim, quando encontrares aquela que eriçar os teus pêlos, tenha filhotes (e me dê um-prometo que não perderão contato). Muitos beijos da amiga humana, (ex futura veterinária), que procura entender os instintos dos animais, humanos ou não.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Macho

O assunto inicial desta postagem deveria ser reflexões sobre o que é realmente ser jovem. Acabei por ter vontade de escrever outra coisa ao papear com uma amiga muito especial, que, sem querer, volta e meia me ispira com suas idéias (se um dia eu me tornar famosa, vou pagá-la royalties-é assim que se escreve?). Falávamos sobre sexo sem compromisso (não espere um texto de conteúdo picante-não é esse o objetivo). Papeei um dia desses, via msn, com um rapaz (termo geriátrico) que considero um dos caras mais bacanas que conheci nos últimos tempos (vai fazê-lo bem ler o que escreverei aqui). Tive uma grande empatia por ele, por que homens que expressam seu sentimentos sem receio (enfrentando seus medos, na verdade), são surpreendentes por si só. Fiquei admirada de ouvir um homem verbalizar que sentia-se desconfortável com o sexo casual. Não exatamente nessas palavras, talvez. Mas foi o que entendi (pode existir um viés do observador aqui). Me contou como foi chegar em um lugar acompanhado, ciente do que iria acontecer e sentir como se houvesse algo fora do lugar. Confesso que, inicialmente, aquilo soou-me como uma visão "feminina". Depois, ao refletir melhor, me dei conta do quão absurdamente preconceituosa estava sendo (e existe algum preconceito razoável, por acaso?). Contradizendo a eu mesma, que há poucos dias havia dito a ele com a boca cheia que "não existiam homens e mulheres,e sim, seres humanos". Proferi essa frase em meio a um debate estúpido (olha quem fala) sobre qual dos sexos era mais orgulhoso. Fiquei com uma certa vergonha, por que parece que eu larguei uma simples "frase de efeito", sem ter parado para pensar sobre isso realmente. Pois bem, antes tarde do que nunca. Após viver 28 anos na pele de uma fêmea, comecei a desconfiar de que ser homem (macho), é muito complicado. Pressões sociais em relação a comportamentos afligem (e é bem esse o termo mesmo) ambos os sexos (e tem mais de dois? Segundo a cantora Simone, tem sim.). Lido de maneira relativamente tranqüila com isso (bem resolvida? Hummm...pode ser). Como já disse algumas vezes aqui, tenho empatia pelo "universo masculino" - se é que ele existe mesmo, ou é apenas uma jogada de marketing para vender revistas estereotipadoras ditas "femininas". Me lembrei de uma pérola que li recentemente:"dicas para homens: tirem primeiro as meias, DEPOIS as calças, pois um homem de cueca e meias fica ridículo". Quem seria a débil-mental que prestaria atenção NISSO numa hora dessas??? Arghhhhh! Dá vontade de mudar de gênero quando uma anta fêmea tem coragem de escrever tamanha asneira(e pior que alguém se presta a publicar)!!! Retomando o foco, após essa breve fuga de idéias: me solidarizo com esse perfil de homem (pessoa) sensível(!). Alguém deveria se sentir incomodado por assumir essa postura? É obvio que não! Se eu achava o mundo de solteira cão (um pouco menos, ao conhecer este ser diferenciado), estou tentada a pensar que ser solteir(O) pode ser tão ou mais complicado quanto. As mulheres, atualmente, têm espaço para assumir uma postura tanto liberal quanto mais conservadora(!). Conservadora não é bem o termo, porém sim uma tranqüilidade em respeitar seus sentimentos sem se sentirem coagidas pela "sociedade feminista". Se uma mulher mostra-se claramente disposta a sexo e não é satisfeita ("aquele" termo macularia a classe do meu texto), logo é tachado de GAY (no mínimo). Confessar o "crime" a um amigo, só se tiver quatro patas e latir...Os sem personalidade cedem à pressão e os que têm critério assumem o risco de serem rotulados - pejorativamente, é claro. Palmas prá eles. Por que tem que ser muito MACHO para arcar com as conseqüências. E prá concluir, sem querer ser maniqueísta: existem dois tipos de seres humanos - os que valem a pena. E os que são dignos dela. FIM!

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Vende-se casa.

Analogias. Sempre gostei de analogias. É uma forma de tentar expressar idéias de uma maneira concreta (concreta, não concretóide, por favor!). Estava conversando com uma grande amiga um dia desses, quando algo me ocorreu. Na referida circunstância, estávamos conversando sobre relacionamentos entre homens e mulheres (seres do sexo feminino típicos). Uma idéia me veio à mente, que talvez seja pertinente a qualquer espécie de relação humana. Quando se quer vender um imóvel, por exemplo. Interessam os motivos por que alguém NÃO quer adquirí-lo? Por impossibilidade financeira, por que a disposição dos cômodos não lhe agrada, por que a localização é inadequada...Não! O que se quer é o dinheiro da venda, o sucesso do negócio em si. Então, por que temos dificuldade de lidar quando uma situação semelhante acontece em outras áreas de nossa vida? Por que encarar como pessoal o que não é? Fácil racionalizar. Nem tão simples de introjetar. Afinal, em última instância, o que buscamos é aceitação (ou a não rejeição - palavrinha forte, héin?). Há de se ter um grande amor próprio para compreender que tudo é uma questão de diferenças de perspectivas e expectativas...Estou aprendendo a transcender - me sinto orgulhosa de mim por isso. De verdade. Desejo a todos que leiam este texto que reflitam sobre ele tanto ou mais do que eu o fiz ao redigí-lo. E vamos filosofar, por que namorar tá f***.