terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Ressaca Moral


Bah, quando revisei as últimas postagens, percebi que faz tempo que não escrevo nada de consistente aqui. Textos curtos ou de autoria de outra pessoa. Bem, vou discorrer sobre um tema que talvez já tenha abordado por aqui, mas que senti de uma forma bem concreta recentemente. Estava refletindo sobre a "ressaca moral". Sem clichês, não me refiro ao que as outras pessoas pensam sobre minhas atitudes. O que pesa, no final das contas, é como nos sentimos em relação aos nossos próprios atos. Me peguei "no flagra" apresentando "contas" a um não "devedor". Lembrei de uma frase mais ou menos assim "Problemas são como facas: podemos escolher pegá-los pelo cabo ou pela lâmina". Pois é. Os mesmos "mecanismos de defesa" que podem nos ser tão úteis, se em excesso ou mal aplicados, podem servir de boicote a nossa felicidade. O bom de tudo é que percebi a tempo de consertar o estrago. Dimensionei de verdade a importância de nos policiarmos constantemente nesse sentido. E também cheguei a uma conclusão interessante (e certamentente, difícil de aplicar na prática). Talvez seja mais produtivo dispendermos maior tempo e energia analisando nossa própria postura do que as alheias. "Minha atitude depende da sua". Será mesmo? Até que ponto? Melhor tentar "boiar" um pouquinho, como diria minha amiga Lu...

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Saúde



Me cansei de lero-lero
Dá licença mas eu vou sair do sério
Quero mais saúde
Me cansei de escutar opiniões
De como ter um mundo melhor
Mas ninguém sai de cima
Nesse chove-não-molha
Eu sei que agora
Eu vou é cuidar mais de mim!

Como vai, tudo bem
Apesar, contudo, todavia, mas, porém
As águas vão rolar
Não vou chorar
Se por acaso morrer do coração
É sinal que amei demais
Mas enquanto estou viva
Cheia de graça
Talvez ainda faça
Um monte de gente feliz!

Quanto você vale?



- Venho aqui, professor, porque me sinto tão pouca coisa, que não tenho forças para fazer nada. Dizem-me que não sirvo para nada, que não faço nada bem, que sou lerdo e muito idiota. Como posso melhorar? O que posso fazer para que me valorizem mais?

O professor, sem olhá-lo, disse:

- Sinto muito, meu jovem, mas não posso te ajudar. Devo primeiro resolver o meu próprio problema. Talvez, depois.

E fazendo uma pausa, falou:

- Se você me ajudasse, eu poderia resolver este problema com mais rapidez e depois, talvez, possa te ajudar.

- C...claro, professor, gaguejou o jovem, que se sentiu outra vez desvalorizado e hesitou em ajudar seu professor. O professor tirou um anel que usava no dedo pequeno e deu ao garoto e disse:

- Monte no cavalo e vá até o mercado. Devo vender esse anel porque tenho que pagar uma dívida. É preciso que obtenhas pelo anel o máximo possível, mas não aceite menos que uma moeda de ouro. Vá e volte com a moeda o mais rápido possível.

O jovem pegou o anel e partiu. Mal chegou ao mercado, começou a oferecer o anel aos mercadores. Eles olhavam com algum interesse, até quando o jovem dizia o quanto pretendia pelo anel. Quando o jovem mencionava uma moeda de ouro, alguns riam, outros saíam sem ao menos olhar para ele, mas só um velhinho foi amável a ponto de explicar que uma moeda de ouro era muito valiosa para comprar um anel. Tentando ajudar o jovem, chegaram a oferecer uma moeda de prata e uma xícara de cobre, mas o jovem seguia as instruções de não aceitar menos que uma moeda de ouro e recusava as ofertas.

Depois de oferecer a jóia a todos que passaram pelo mercado, abatido pelo fracasso montou no cavalo e voltou. O jovem desejou ter uma moeda de ouro para que ele mesmo pudesse comprar o anel, assim livrando a preocupação e seu professor e, assim, podendo receber ajuda e conselhos. Entrou na casa e disse:

- Professor, sinto muito, mas é impossível conseguir o que me pediu. Talvez pudesse conseguir 2 ou 3 moedas de prata, mas não acho que se possa enganar ninguém sobre o valor do anel.

- Importante o que disse, meu jovem, contestou sorridente o mestre. - Devemos saber primeiro o valor do anel. Volte a montar no cavalo e vá até o joalheiro. Quem melhor para saber o valor exato do anel? Diga que quer vendê-lo e pergunte quanto ele te dá por ele. Mas não importa o quanto ele te ofereça, não o venda. Volte aqui com meu anel.

O jovem foi até o joalheiro e lhe deu o anel para examinar. O joalheiro examinou-o com uma lupa, pesou-o e disse:

- Diga ao seu professor, se ele quiser vender agora, não posso dar mais que 58 moedas de ouro pelo anel.

O jovem, surpreso, exclamou:

- 58 MOEDAS DE OURO!!!

- Sim, replicou o joalheiro, eu sei que com tempo poderia oferecer cerca de 70 moedas , mas se a venda é urgente...

O jovem correu emocionado para a casa do professor para contar o que ocorreu.

- Sente-se, disse o professor, e depois de ouvir tudo que o jovem lhe contou, disse:

- Você é como esse anel, uma jóia valiosa e única. E que só pode ser avaliada por um expert. Pensava que qualquer um podia descobrir o seu verdadeiro valor???

E dizendo isso voltou a colocar o anel no dedo.

- Todos somos como esta jóia. Valiosos e únicos e andamos pelos mercados da vida pretendendo que pessoas inexperientes nos valorizem.

(Autor desconhecido)

sábado, 10 de janeiro de 2009

Força na Peruca



Retomando os treinos após uma semana de pausa por uma tendinite.
Ser saudável caaansa - nada que uns minutinhos deitada em um banco na Redenção não resolva!
Agradecimentos a São Pedro pelo dia fresquinho!
E força na peruca, como diria minha amiga Aninha!

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

* Alexitimia



Passada a grande agitação de Natal e fim de ano, cá estou eu disposta a escrever novamente. São tantos assuntos atrasados que nem sei por onde começar. Coloquei "Al Lado del Camino" para colaborar na inspiração. Bem, o "nitro" para a minha vontade foi um telefonema de uma amiga de São Paulo que recebi agora há pouco. Ela me ligou exclusivamente para me contar um comentário positivo que uma pessoa que admiro muito teceu a meu respeito. O que foi, não vem ao caso (não sou o Caetano Veloso para ficar me atirando confete!). Mas serviu como um gancho para esta postagem. Um dia desses, conversava com um amigo. Ele me contou que tem dificuldade em expressar sentimentos e não costuma demonstrar o que sente/pensa. Admirei sua lucidez de admitir, mas confesso que ao mesmo tempo, senti pena dele. Seres humanos são diferentes, eu sei. E nem sempre pode ser adequado manifestar abertamente nossos pensamentos. Mas penso que, se tratando de tecer elogios, poderia certamente haver um maior esforço de fazê-lo com maior frequência. Conversei, recentemente, com um outro amigo paulista sobre como as pessoas confundem "transtornos" com "problemas", não conferindo às coisas/acontecimentos, sua real dimensão. Nem sei por que misturei esses dois assuntos...É a minha velha fuga de idéias se manifestando. Esse meu amigo citou um episódio em que sua ex-namorada perdeu o celular e surtou (sem exagero). Ao final da conversa, concluí que talvez nosso trabalho seja em parte responsável por essa postura mais "relax" (coerente?). Eu médica e ele, promotor de justiça. Duas profissões em que nos deparamos com as mazelas e, sobretudo, com a fragilidade humana. Acho que achei o "link" dos dois assuntos. Ao enxergar claramente que a vida está constantemente por um fio (sim, está - nós apenas negamos essa realidade), percebi a importância de não deixar para amanhã o que posso dizer/fazer hoje. Aprendi que têm coisas que não se economizam: carinho, beijo, abraço, sorriso, palavras...Nossa, isso aqui tá parecendo aqueles textos de auto-ajuda! Ah! Queria contar a respeito de algo que me aconteceu recentemente na "balada" (termo adolescentesco). Fim de festa (meeesmo), às 7h da manhã. Entrei no banheiro e sei lá por que, acabei puxando papo com a moça que estava trabalhando ali. Aliás, acho que era uma das poucas pessoas sóbrias além de mim naquele lugar. Papo vai, papo vem, estávamos em um debate prá lá de profundo sobre relações humanas (em geral). Ela, uma mulher de trinta e poucos, com uma filha de seis anos. Um tanto desiludida em relação à humanidade e aos homens, em especial. Eu, trintinha recém completos, solteira, sem filhos, otimista e cheia de sonhos. Algo como "Papa X Darwin". Voltamos a nos encontrar antes de eu ir embora e ela me disse: "Daqui há uns quatro anos a gente volta a conversar e quero ouvir o que tens a me dizer(com aquele ar de veterana)..." . Resposta: "Tenho uma característica que ainda não sei se é qualidade ou defeito: sou extremamanete otimista!". Admito que por dentro senti um certo medo de que ela estivesse certa. Filosofia de botequim que nada! Descobri que boa mesmo é a filosofia de "balada". Da próxima vez, vou beber - é mais seguro (se não estiver dirigindo, claro).

* Wikipédia:

A Alexitimia (ou Aleximia) é um transtorno mental ou psicológico caracterizado pela dificuldade de expressar e identificar as próprias emoções.

Um dos principais sintomas é a confusão entre sensações e sentimentos, e grande dificuldade em expressar os sentimentos através de palavras. O alexitímico costuma relacionar suas sensações físicas aos seus sentimentos. Por exemplo, após sofrer um duro golpe emocional, o alexitímico irá reclamar de dor de cabeça ou fadiga, mas não saberá relatar de forma clara o que realmente sentiu.