sexta-feira, 16 de maio de 2008

Bolsos e Barcos Furados


Os butiás continuam caindo dos meus bolsos. Descobri que eles estão furados. Culpa minha, então. Não existe "meio" anão, "meio" gay, "meio" grávida e aí por diante. O mesmo vale para valores pessoais: "meio" honesto, "meio" leal...As coisas/pessoas são como são. É a tal da "essência", que tanto já falei aqui. Preciso mesmo colocar essa percepção em prática. Outro dia, comentava com uma amiga que tomei a decisão de deixar de tentar ajudar algumas pessoas. Não tenho mais a pretensão de mudar ninguém. Ou aceitam-se as limitações, ou abandona-se o barco. Bem, certos seres humanos são como embarcações furadas, pelas quais a água entra insistentemente, a despeito do esforço (vão) de tentar retirá-la. De canequinha, então, nem pensar. Tentar remar até terra firme? Não. É longe e, portanto, arriscado demais. Sou brasileira. E desisto, às vezes. Deveria fazê-lo com maior freqüência. Por pura e simples auto proteção, que seja. Quando somos nosso próprio paradigma, pode ser difícil ver a malícia de certas atitudes. Não. É maldade mesmo. De "malícia", preciso eu. Tá na hora de costurar os bolsos. Sem protelações e antes que os furos aumentem. Como diria aquela falecida cantora (letra do Cazuza): "Quem sabe eu ainda sou uma garotiiiinhaaa(...)". Caindo na real. A-ham.

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