segunda-feira, 21 de julho de 2008

"Efeito Clark Kent"


Não é todo dia que estou inspiradíssima para escrever, mas sinto que devo fazê-lo hoje. Estou bastante cansada. Quase que enforquei a aula de espanhol...aí bateu aquele peso na consciência (bolso?) antecipado e me tirei do sofá - mais ou menos como aquela cena do filme "Eu, Eu Mesmo e Irene" (sim, é abobado - mas eu a-do-ro), quando o personagem do Jim Carrey, que sofria de dupla personalidade, se tirava à força de dentro do carro para "ambos" brigarem. Vi uma cena muito fofa quando me dirigia ao meu carro para ir ao curso. Um cachorrinho Bichon Frisé (é parecido com um Poddle - arghhhh! Só que tem bochechas salientes e um temperamento bem mais agradável). O bicho "empacou" e não obedecia ao comando de prosseguir. Explicação de sua dona: "O fulaninho adora vento no rosto - parou para sentí-lo!". E não é que eu vi a expressão do totó e parecia algo como um sorriso canino??? Eu achei graça por que mesmo em dias frios, abro a janela do carro para apreciar essa sensação. Dizem que em cada pessoa predomina um sentido. Bah, tentei pensar no mais acentuado em mim e ficou difícil. Cada um proporciona prazeres em diversos graus, conforme o humor e o momento. Já mencionei algo aqui sobre o filme "Cidade dos Anjos". Tenho o DVD e já o assisti inúmeras vezes. As melhores cenas são quando o personagem do Nicholas Cage está descobrindo as sensações após ter se tornado mortal. E mudando de assunto, mas nem tanto, hoje comi um almoço de-li-ci-o-so (obrigada pai e mãe). Paladar - ô sentido danado de bom esse. Se eu fosse comer proporcionalmente ao meu apetite, seria uma obesa mórbida (risos). Ah, agora que eu citei pelo menos 2 sentidos, vou ter que falar sobre mais um: a visão. Por que têm coisas que atraem nosso olhar como um legítimo ímã (clichezinho básico)? Ri de mim mesma (mim não rir?) quando passeava no súper hoje e passou um moço de óculos. Não, não era nenhum "Adônis"... Entretanto, foi simplesmente im-pos-sí-vel não olhar. É o famoso "conjunto da obra". Dei uma segunda espiadinha e tentei imaginar o rapaz sem óculos e pensei "Que sem-graça!". "Efeito Clark Kent" vou chamar isso a partir de agora. É mais ou menos como o "Efeito Pitanguy" do álcool - a percepção do grau de beleza alheia é diretamente proporcional ao nível etílico no sangue (e vice-versa) do observador. A minha versão do "sapatinho de cristal" seria o "tenisinho de cristal". Explicando melhor: um homem calçando um "All Star" se torna tão magnético quanto um usando "gafas" (*). São extremamente interessantes essas preferências pessoais - vulgo "gostos". Provavelmente são paradigmas baseados em vivências remotas (ou nem tanto) da qual temos até dificuldade em identificá-las conscientemente. Isso tudo é complexo por demais... Melhor deixar para aquele senhor de olhar profundo que achava que tudo tinha a ver com sexo...

(*)óculos

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