sexta-feira, 25 de julho de 2008

"Blogger Salvator Tabajara"


Fui tomar um café com uma amiga muito querida dos tempos da residência. "A minha amiga mais ajuizada", segundo as palavras da minha mãe. Sempre nos demos extremammente bem. Um ser humano maravilhoso e uma grande profissional - daquele tipo de pessoa que pode-se indicar de olhos fechados. Engraçado que nós duas somos muito diferentes em diversas coisas. Ela tem uma vida bem tranquila. Um pouquinho mais velha do que eu, é muito bem casada e já começa a pensar em ter filhos. Quando estávamos tristes por alguma razão, a gente só se olhava e dizia "Vamos tomar um café?". Acho que talvez ela nem dimensione a importância daqueles momentos para mim. Fazíamos nosso intervalo ao ar livre. Aliás, gosto de ficar em locais abertos sempre que posso, mesmo que esteja bem frio. Aquelas luzes fluorescentes de hospital têm um limite de tolerância para mim. Bem, retomando. Conversava com a minha amiga sobre a tomada de decisões. Li uma frase bacana outro dia: "Têm duas coisas das quais não podemos escapar: de morrer e de fazer escolhas". Disse a ela do quanto tempo que gastamos refletindo para, no final, acontecer tudo diferente do que planejávamos inicialmente. Não que seja tempo desperdiçado. O diferencial é a energia que dispendemos ao fazê-lo. Bah, falando assim, até parece que sou ultra zen. Citei uma frase do Buda. A transcreverei "ipsis litteris" - direto do túnel do tempo (agenda "aborrescente" de 1996): "Não corras atrás do passado/Não busques o futuro/O passado passou/O futuro, ainda não chegou/Vê, claramente, diante de ti o agora/Quando o tiveres encontrado/Viverás o tranquilo e imperturbável estado mental". Fácil na teoria. Na prática, nem tanto. Pausa para um momento verdade: estou levemente irritada neste momento com o "salvamento automático" do blogger, que acabou de me deixar na mão. Estou resgatando o texto da minha mente...Afff! Bem, se o Alemão (Alzheimer) me permitir, consigo terminá-lo e contrariar aquela sina de deixar textos pela metade. Havia comentado da busca do equilíbrio, já que a inquietação é benéfica e pode nos salvar da tentação da acomodação. Diversas pessoas já me disseram que sou hiperativa - levando essas opiniões em consideração, ando pensando seriamente em fazer Yoga (se eu conseguir, é claro). Outra forma de canalizar a minha energia - a mental, ao menos - é escrever neste blog. Energia bem direcionada é algo muito positivo. Lembrei do Cazuza, que viveu (e morreu) os dois lados da moeda. Criou coisas lindas - e se detonou, também. Vale a pena ler "Só As Mães São Felizes", mesmo para quem não curte seu trabalho. Eu adoro. Reconheço que a voz dele não tinha nada demais - déficit superado pela sua personalidade marcante, que transparecia no seu jeito de cantar (poesia pura). Vou encerrar esse papo com uma citação do Shakespeare: "Quem faz uso imoderado da espora, acaba por matar a montaria". Perfeita, né?

Obs: essa postagem é a primeira que deixo pela metade e consigo terminar (horário real de publicação: 6:15). A figura que a ilustra é a "culpada", mas valeu o trabalho. Quem foi menina nos anos 80, vai lembrar da coleção de figurinhas "Bem-Me-Quer". Se meu blog tivesse uma capa, já estaria escolhida. Tem até um gatinho ao lado da guriazinha...

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