quinta-feira, 26 de junho de 2008

Liderança e Subordinação

Hoje lendo um artigo muito interessante em um outro blog senti uma certa culpa. Explicando melhor: me refiro à culpa de não ter um blog mais engajado. Aproveitar melhor o espaço para colocar a boca no trombone com maior frequência. A proposta do meu blog é de ser leve mesmo - de forma geral, pelo menos. Pensando bem, até que eu coloco o dedo na ferida sim. Apenas os assuntos abordados são mais restritos ao espectro das relações humanas ("só" isso???). Afff... Tô parecendo o Gilberto Gil. No fim, tudo se resume a relações humanas, ora pois (não nego minha ascendência portuguesa). O que quis dizer é que o meu enfoque é mais intimista.
Mudando de assunto (mas nem tanto), estou lendo "O Monge e o Executivo". Muito interessante o (aparente) paradoxo "liderar é servir". Os preceitos contidos no livro são bastante familiares - tenho dois chefes atualmente com esse perfil. Sabem ouvir, preocupam-se com o bem-estar de seus funcionários e têm boa receptividade a críticas (sugestões) construtivas. Infelizmente, aquele modelo antigo de "chefe" ainda perambula por aí. Em hospitais, é bastante comum chefias exercidas por profissionais da saúde sem preparo (e perfil) adequados ao cargo. Na verdade, todos deveriam ter a preocupação em obter conhecimento em gestão, por que de alguma forma sempre estaremos inseridos dentro de uma hierarquia. Estava lendo outro dia dois suplementos da revista "Você s/a." sobre liderança e etiqueta no ambiente de trabalho. Fiquei impressionada com a recomendação de cumprimentar todos os funcionários, independente da função. O título: "Trate bem do boy ao presidente." Isso transcende o comportamento esperado de um "líder". Denota educação, respeito e humanidade. E também é uma atitude inteligente. Certa vez, esqueci o vidro do meu carro aberto e o rapaz do estacionamento só conseguiu me avisar antes de cair uma chuvarada por que eu sempre o cumprimentava. Tudo bem, nem todos têm um perfil comunicativo. Mas isso realmente não pode servir como desculpa para a má educação. Me recordei agora de uma matéria que assisti no Fantástico. Era sobre como as pessoas se tornavam "invisíveis" ao usarem um uniforme. A ponto de vestirem uma personalidade conhecida (não lembro quem) de gari e ninguém reconhecê-la. Lamentavelmente, as próprias "vítimas" acostumam-se tanto à segregação que parecem nem reconhecer quando são devidamente cumprimentadas.
Retomando o tema dos assuntos do meu blog, pensei melhor e concluí que não devo ter culpa. Existem muitas maneiras de ser pró-ativo (a) (tem hifen ou é tudo junto?). Uma delas, é dando bons exemplos. Ou se esforçar para isso, pelo menos (considerando nossa condição humana e passível de falhas, portanto). Nada de andar agachado - já conversamos a respeito, certo?

Obs: a cena é do filme "Little Nicky, Um Diabo Diferente" - Hitler sendo castigado no inferno. Pode ser um método eficaz de educar maus chefes (risos)...

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