segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Tia Beth's Sunscreen (to be continued)

Esta postagem foi inspirada por uma frase dita há alguns meses por um colega/amigo muito querido: "A gente percebe que está ficando velho quando começa a gostar de ouvir Roberto Carlos". O que escreverei, na verdade, não será sobre a descoberta do próprio envelhecimento e sim, da percepção da MATURIDADE. Dois conceitos bem distintos, na minha singela opinião. O envelhecimento é biológico, inexorável. A maturidade é facultativa (mesmo que por vezes não haja possibilidade de escolha-um aparente paradoxo). Então, seja o que Deus quiser (acreditando na existência dele ou não):

Indícios de que a MATURIDADE vem chegando:

#1: supracitado;

#2: alguns dos teus conceitos tornam-se elásticos; outros, solidificam-se (e tornam-se como pedras-podem rachar ao serem submetidas a um choque térmico);

#3: percebe que algumas coisas dependem integralmente do teu esforço;

#4: e que outras independem totalmente dele;

#5: o desequilíbrio entre os itens 3 e 4 pode te transformar em um psicopata ou em alguém estagnado;

#6: a tal felicidade é proporção adequada entre as tuas expectativas e a real capacidade/condição/obstinação de concretizá-las;

#7: e que a discrepância entre ambas é capaz de te tornar um frustado ou um inconseqüente (ou pior, os dois ao mesmo tempo);

#8: quando te sentes bem por perceberes o real valor das coisas (e por não precisares ter contraído uma doença fatal para te dar conta delas);

#9: quando tens a noção de que são as atitudes que têm importância, não as palavras (essa é velha);

#10: e que apesar do item 9, é preciso dosar o que se fala, pois palavras são como a flecha lançada;

#11: e que as cicatrizes deixadas por elas são indeléveis, mesmo com os avanços da Medicina Estética (tentativa de tornar o texto mais leve);

...
Em um outro momento, terminarei esta postagem. Se é que ela tem um fim.

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