sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Bienal

Determinada a exercitar meu hemisfério direito do cérebro, resolvi visitar recentemente a Bienal de Porto Alegre (no cais do porto). Cheguei a duas conclusões. Primeira: não entendo p**** nenhuma de arte!!! Tudo bem, não vou radicalizar. Gostei particularmente de três obras, bem interessantes (as fotos estão no meu álbum do Orkut). Também apreciei alguns textos(o das sementes de abóbora, em especial)que faziam parte, na verdade, de uma obra que não me lembro o nome, muito menos o do artista. Passei duas horas agradáveis passeando sozinha e me divertindo com as descrições (excelente ambiente para abstrair): "este trabalho dimensiona o caráter holístico e magnânimo da polinização da globalização, sob o olhar crítico e tenaz de fulano de tal, enfatizando a necessidade do ser humano, como pessoa, de assumir o seu papel atuante no contexto dramático de um cenário caótico pontuado pelo infinito". Tudo bem, isso foi só um exemplo. Porém, diversas descrições que li não fugiram desse padrão "Gilberto Gil". Ou isso é realmente bizarro ou eu sou por demais ignorante...Segunda conclusão: posso virar artista plástica e ganhar dinheiro com isso. Lembrei de um maluco, em Nova Iorque, que resolveu evacuar em latas, vedá-las e vendê-las como...OBRA DE ARTE! Incrível! Transformar merda em dinheiro apenas dando um nome diferente para sua...OBRA! Pensava que só fabricantes de adubo fossem capaz de tal façanha...Bom, antes que eu morra apedrejada por artistas plásticos revoltados, quero apenas deixar claro que admiro as artes de maneira geral, mesmo sem compreendê-las plenamente. E que tenho, dentro das minhas limitações, senso crítico de não adquirir fezes só por que um pseudo artista as nominou de forma distinta e atribuiu-lhes um valor. E fica registrado o meu respeito pelos verdadeiros artistas.

Um comentário:

JC Baldi disse...

Às vezes não precisa ser uma obra de arte para que seja uma OBRA, basta a pessoa saber vender o seu peixe com eficiência, e isto, por si só, já é um mérito, embora não consigamos entender a arte com arte.