sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

O Balanço da Balzaquiana


Uma súbita vontade de escrever surgiu hoje ao ler o blog recém criado de uma amiga: creioparaver.blogspot.com. Bem, o título, prá começar, me causou extrema empatia. Sou uma otimista por excelência e tendo a acreditar que as coisas tendem a dar certo, até mesmo quando tudo indica o contrário. "Não conseguir o que se quer pode ser um grande lance de sorte". Sempre me lembro desses dizeres do Dalai Lama. Um dia desses, tive uma idéia de postagem que acabou passando batida. Estava refletindo até que ponto meu otimismo é benéfico ou prejudicial. Me refiro especificamente à confiança que tendo a depositar precocemente nos outros. As tais "lentes cor-de-rosa", que tanto já mencionei aqui. Ah, deixa prá lá! Eu estou com TPM e a minha auto-crítica fica lá em cima. Se vem dando certo até aqui, é por que devo ter encontrado meu ponto de equilíbrio (espero). Mudando de assunto (não perco a minha tendência a ter fuga de idéias - Freud explica), então. O ano está terminando - incrível! Essa época é um bom momento para se fazer aqueles tais "balanços" de vida. Excepcionalmente, não estou sentindo essa necessidade de uma forma assim tão importante, como no ano que passou, por exemplo. Foi (está sendo) um ano bastante intenso, então esses "balanços" foram feitos em partes. O saldo está sendo positivo, certamente. Muitas alegrias e algumas decepções (leia-se "expectativas errôneas") bastante marcantes. Destas, prefiro lembrar do quanto me fizeram evoluir. Estão bem digeridas - agradecimentos ao meus amigos, à minha família (incluindo os felinos) e a este blog. Fiz trinta anos e nem escrevi algo especificamente sobre isso. Sim, foi significativo, não vou negar. Lembrei que meu pai me ligou na referida data e me perguntou: "Como estás te sentindo, agora que és uma balzaquiana?" Resposta: "Ótima, pai! Nunca fui tão feliz!". E é verdade. Ainda tenho juventude, mas agora com uma cuca bem mais fresca do que tinha aos vinte anos. Aliás, aprendi que a jovialidade é bem mais relevante que a juventude. Existe "velhice precoce". E pessoas com idade cronológica que se enquadrariam na categoria "idoso" que são extremamente joviais (lembrei da mãe de uma amiga - beijos, Vera!). Cheguei a esta constatação devido à minha profissão, também. A geriatria/medicina me proporciona muito além do que sustento e satisfação pessoal. Aprendo, de quebra, fundamentos sobre a vida. Ah, por falar nisso, tenho um desejo especial para 2009. Quero continuar acreditando no *amor como nunca deixei de crer na forma como exerço e encaro a minha profissão. Com um toque saudável de objetividade, claro. Que assim seja!

* Wikipédia:
A palavra amor (do latim amor) presta-se a múltiplos significados na língua portuguesa. Pode significar afeição, compaixão, misericórdia, ou ainda, inclinação, atração, apetite, paixão, querer bem, satisfação, conquista, desejo, libido, etc. O conceito mais popular de amor envolve, de modo geral, a formação de um vínculo emocional com alguém, ou com algum objeto que seja capaz de receber este comportamento amoroso e alimentar as estimulações sensoriais e psicológicas necessárias para a sua manutenção e motivação.

2 comentários:

Luciane Slomka disse...

Eba! Inspirei uma amiga a escrever! Acho que é bem isso, não perder nunca a vontade de acreditar nas coisas...
Beijão querida! E vamos seguir nos inspirando mutuamente!

Beth disse...

Adoro conviver com pessoas positivas - são inspiradoras!
Muitos beijos!