domingo, 27 de janeiro de 2008

Vende-se Casa III - por Lisandra Souza

INSISTÊNCIA versus PERSISTÊNCIA


(Não deixe que o orgulho e a vaidade atrapalhem seus lucros emocionais)


Ah, o vendedor.. algumas pessoas sentem repulsa em relação a este profissional, pois visualizam uma situação em que algo será "empurrado", com muita insistência, ansiedade e imediatismo, focado nos interesses do vendedor e desconsiderando as necessidades e desejos do cliente.

Na vida pessoal, todos nós somos "vendedores" e geralmente adotamos a mesma postura que tanto criticamos.

Ao conhecer alguém, apresentamo-nos como "produto", salientamos nossos "benefícios" a fim de justificar o investimento e resultado que esperamos.

Auto-estima é realmente muito importante nesse processo de "venda pessoal", mas quem a alimenta exageradamente torna-se narcisista a ponto de acreditar que jamais será rejeitado.

Quando desprezamos o desejo alheio, acreditando que podemos escolher (e ser escolhido)pelo outro, estamos repetindo os mesmos erros daquele vendedor chato, tentando criar em nosso "público-alvo" uma necessidade que não existe.

Podemos influenciá-lo por algum tempo, mas chegará o momento em que se sentirá tão insatisfeito que ele buscará algo que realmente corresponda às suas expectativas.

A dificuldade em lidar com a rejeição faz com que a pessoa descontrole-se emocionalmente, utilizando agressões verbais, chantagens emocionais e impedindo a compreensão de que ela já viveu a mesma situação, porém em posição diferente... afinal, quem nunca sentiu sob seus ombros o peso dos sonhos alheios??

Portanto, o ideal é manter uma postura cordial e ter consciência de que a maioria das pessoas precisam de tempo para tomar decisões importantes e rever seus conceitos e necessidades.

Pode ser que o "cliente" avalie melhor, desculpe-se pelo descaso inicial e finalmente adquira o que você tem a oferecer.. porém a possibilidade dele nunca mais fazer contato é a mesma.

Enquanto isso, o "produto" deve continuar exposto na vitrine; é inútil reservá-lo a quem não demonstrou interesse ou deixou claro que não está disposto a realizar tal investimento.

A experiência em cada situação permitirá que a percepção e sensibilidade sejam desenvolvidas, evitando o desperdício de esforços entre pessoas com missão, visão e valores diferentes.

By Lili

2 comentários:

JC Baldi disse...

Embora seja uma analogia interessante e, em até certo ponto, verdadeira, uma questão é comprar um produto (uma casa), outra é a nossa imagem e sentimento (que, salvo melhor juízo, não é para ser vendida, não monetariamente, pelo menos)

JC Baldi disse...

Não te contei com cheguei no teu blog.
Ei-lo, então:
Conheci uma guria, a Cris. Um dia entrei na página da amiga dela (Lili) e fui parar na tua (e aqui, automaticamente).
Pois bem. Ontem, eu conheci a Lisandra no NY72, o bar. Mas só conversei uns 10 minutos com ela, nem deu tempo para dizer que eu te "conhecia".