segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

"O Corpo Grita"- por Discovery Channel

"O Corpo Grita". Este seria um bom título para o meu primeiro livro. O clássico "O Corpo Fala", que li há alguns anos, me pareceu inicialmente mais um apanhado de clichês sobre linguagem corporal. Ler sinais emitidos isoladamente é como ler uma frase solta e interpretá-la fora de um contexto. Perigosíssimo isso. Confesso que esse assunto muito me interessa, pois é bastante evidente que a boca é o que menos fala. Já pensei diversas vezes o custo-benefício desse tipo de leitura...Como diriam alguns "teenagers": "É de pirar o cabeção." Me lembrei de quando recentemente conversei com, digamos assim, "uma pessoa pública", em mais uma de minhas incursões na noite de Porto Alegre(já citado em outro texto deste blog). Um cara super bom papo...Fiquei horas conversando com a criatura...Atenta ao que ele dizia, paralelamente a minha cabecinha funcionava a mil e os meus olhinhos rastreavam o cara de cima a baixo (não era exatamente um modelo de beleza - o "efeito Pitanguy" não atua até um certo nível etílico). Conclusão inevitável: "Baaah, mas que cara mais falcatrua!". E o preconceito virou conceito. E olha que ele em tese deveria saber dissimular esses sinais, por que orienta pessoas públicas a se expressarem na mídia. Mas bebeu o suficiente prá baixar a guarda, digamos. Podem ser desastrosamente errôneas essas interpretações quando conhecemos pouco o funcionamento de alguém...mas na maioria das vezes ajuda, pelo menos em parte. Mas veja bem: no final das contas, basta assistir "Discovery Channel". O comportamento humano não difere em quase nada daqueles animais selvagens...só mudam as motivações. Complicar prá que, né? Pois é. Me faço essa pergunta todo santo dia. Deve ser mais racional ser um animal que não pensa. Mais um paradoxo prá coleção...

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